omente neste primeiro semestre de 2018, a quantidade de pedidos de refúgio feita por venezuelanos no Amazonas mais que dobrou, quando comparada a todo o ano de 2017. De acordo com dados da Polícia Federal (PF), de janeiro a 26 de junho deste ano foram 4.779 pedidos e em 2017 foram 2.301. Fugindo da fome, venezuelanos não encontram no Brasil o El Dorado que imaginavam e enfrentam dificuldades para encontrar emprego e moradia.
Entre os estados brasileiros, o Amazonas é o terceiro com maior número de pedidos de refúgio, atrás somente de São Paulo, que concentra 28% das solicitações e Roraima com 47%.
PUBLICIDADE
A Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh) informou que a prefeitura paga aluguel de duas casas, localizadas no Centro e no bairro Alfredo Nascimento. Ao todo 200 venezuelanos moram nas casas. Todos são indígenas da etnia Waraó.
Informou ainda que a Prefeitura oferece atendimento nas áreas de Assistência Social, Saúde, Educação e Trabalho. Contudo, não possui estimativas de quantos venezuelanos estão em Manaus.
Foram R$ 1,6 milhão recebido pela prefeitura no ano de 2017 do governo federal. O montante foi investido na contratação de equipe técnica de assistente Social, psicólogo, antropólogo. Além do aluguel das casas, alimentação, material de limpeza.
PUBLICIDADE
Já o governo estadual, informou que o abrigamento aos venezuelanos é feito somente pela prefeitura. Entretanto, a Secretaria de Estado de Assistência Social. (Seas) apontou que tem destinado recursos ao Município para subsidiar o acolhimento.
Segundo nota, o governo destinou R$ 1.874.090,35, ao acolhimento dos indígenas warao, de junho a dezembro de 2017, quando o Estado mantinha esse serviço, que hoje é realizado somente pela Prefeitura. Esse valor inclui gastos com refeições, recursos Humanos, segurança e conservação.
PUBLICIDADE
O governo também não possui estimativas de quanto imigrantes da Venezuela estão em Manaus. Em nota foi apontado que a demanda espontânea, não sendo possível mensurar. Ha dados informações dos 200 indígenas abrigados pela prefeitura.
A Seas citou ainda que há um trabalho, realizado de forma integrada, envolvendo Governo, Prefeitura e Organizações da Sociedade Civil, para oferta dos serviços de acolhimento e amplo acesso às políticas públicas, mutirão de documentação e aulas de Português.