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Amazonas quer inserir cinco plantas fitoterápicas na rede SUS

A ideia é identificar quais são os insumos e as viabilidades necessárias para que as plantas medicinais sejam ofertadas na rede pública de saúde.

  • Por AM POST

  • 31/01/2020 às 12:11

  • Atualizado em 31/01/2020 às 16:47

  • Leitura em seis minutos

Redação AM POST

Em um trabalho de cooperação inédito, entidades voltadas para as áreas da pesquisa, inovação e serviços no Amazonas estudam a identificação de insumos para inserir, até 2022, cinco plantas da biodiversidade amazônica na lista de fitoterápicos da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo faz parte dos trabalhos da “Rota da Biodiversidade no Amazonas”, programa ligado às “Rotas de Integração Nacional”, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

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O Comitê Gestor da “Rota da Biodiversidade no Amazonas” vem realizando oficinas direcionadas por meio de Canvas, ferramenta de gerenciamento de projetos. A ideia é identificar quais são os insumos e as viabilidades necessárias para que as plantas medicinais sejam ofertadas na rede pública de saúde. Integram o comitê entidades de pesquisa como: Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia (Inpa), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Empresa Brasileira de Agropecuária (Emprapa), Redesfito da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Centro de Referências em Tecnologias Inovadoras (Certi), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre outras instituições.

No Amazonas, o programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), por meio da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), que vem organizando as reuniões. Ao todo, cinco eixos foram analisados pelo comitê. São eles: Insumos e Produção; Insumos, Produção e Pesquisa Tecnológica; Marco Legal; Certificação do Regime de Produção; e Beneficiamento e Agregação de Valor e Comercialização.

“A ‘Rota da Biodiversidade’ tem como finalidade fomentar as cadeias produtivas do estado e está inserida no conjunto de políticas públicas do ‘Biopolis Amazonas’, que é um programa estruturante que visa, sobretudo, ter no conhecimento da natureza a sua matriz de desenvolvimento econômico”, destacou a secretária executiva da Secti, Tatiana Schor.

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O especialista em políticas públicas e gestão governamental do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Alex Christian Kamber, enfatizou o trabalho que vem sendo realizado pelo Comitê Gestor no Amazonas e ressaltou a importância do programa do Governo Federal.

“A ‘Rota da Biodiversidade’ é uma iniciativa que tem como objetivo promover o desenvolvimento regional sustentável e a inclusão produtiva por meio da estruturação da cadeia de valor de produtos da biodiversidade, que inclui fitoterápicos, fitofármacos e biocosméticos, entre outros. O polo no Amazonas está bem empenhado no projeto”, enfatizou Kamber.

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Processo mostra transparência – A pesquisadora Fabiana Frickmann, do Departamento da Biotecnologia da Ufam, destaca que o Comitê Gestor da “Rota da Biodiversidade” vem desenvolvendo um excelente trabalho com ineditismo no que compete aos estudos em cooperação técnica, que tem por objetivo organizar e dinamizar a cadeia produtiva de fitoterápicos.

“É um trabalho que está sendo feito totalmente em colaboração com várias instituições de pesquisa, no qual podemos destacar a harmonia e a transparência em cooperação técnico-científica em cada projeto prioritário no Canvas. Também destaco a liderança da Sedecti no comitê com propósitos específicos que serão repassados ao MDR. E o benefício maior disso será inserir, em curto prazo, os medicamentos da biodiversidade amazônica no SUS, auxiliando o desenvolvimento da cadeia de fitoterápicos do Amazonas”, apontou Frickmann.
A próxima fase do trabalho do comitê da “Rota da Biodiversidade” será a consolidação de projetos, além da avaliação de viabilidade dos insumos. “Ainda é cedo para dizer quais serão os fitoterápicos a serem escolhidos. Ainda estamos fazendo as pesquisas e juntando a capacidade intelectual e produtiva do estado para identificar esses produtos. Mas, com certeza, deverá ser aquele que está mais encaminhado, com segurança e eficácia comprovadas e regulados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, revelou a cientista.

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A diretora técnica do Sebrae Amazonas, Adriane Antony Gonçalves, que participou da última reunião, ocorrida na última quarta-feira (29/01), ressalta o modelo de trabalho adotado pelas instituições de pesquisa.

“A reunião foi muito proveitosa, principalmente pela união dos atores. O mais interessante para nós, enquanto Sebrae, é ver o viés empreendedor por trás de todo esse trabalho. A ideia não é de criar algo que enfeite uma prateleira ou que seja mais um estudo sem propósito. O propósito aqui é transformador e muito inspirador também”, enfatizou a diretora.

‘Rotas de Integração Nacional’ – Ao todo, o programa “Rotas de Integração Nacional” do Governo Federal reúne 42 unidades instaladas em todas as regiões do Brasil. São dez tipos de rotas em atuação: do Açaí; da Biodiversidade; do Cacau; do Cordeiro; da Economia Circular; da Fruticultura; do Leite; do Mel; do Peixe; e da Tecnologia da Informação e Comunicação. Os trabalhos acontecem efetivamente em 800 municípios nas cinco regiões do país.

O objetivo apontado pelo MDR é que as rotas levem desenvolvimento às localidades que mais precisam e possam fomentar a integração regional, ao permitir que produtores de várias cidades próximas possam se unir para produzir mais e com qualidade, aproveitando a vocação de cada lugar, fortalecendo a cadeia produtiva e agregando valor aos produtos.

* com informações da Assessoria de Imprensa

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