O deputado estadual Sinésio Campos (PT) negou acusação de que tenha invadido, no último sábado (20), à sede da Associação de Silves de Preservação Ambiental e Cultural (ASPAC), no município de Silves (distante 204 quilômetros em linha reta da capital). O fato teria ocorrido enquanto ele esteve na cidade para audiência pública sobre a exploração de gás natural no campo do Azulão, pela empresa Eneva e o parlamentar destaca que várias publicações de sites distorceram os fatos.
Segundo pessoas que estavam no local, o deputado chegou acompanhado de uma ‘comitiva’ formada por seguranças, integrantes da empresa ENEVA e seus assessores. A audiência pública foi cancelada por ordem judicial, então, ele e outras autoridades resolveram caminhar à sede da associação para uma visita.
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Durante confusão que se formou na frente da associação, o parlamentar alegou que a ASPAC estaria impedindo a entrada de um representante da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), integrante da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento.
“Nós estamos orientados por advogados e vocês não vão entrar”, disse uma representante da ASPAC.
Sinésio Campos divulgou nota afirmando que não invadiu a ASPAC. “Entramos na instituição respaldados, inclusive, pelo chefe do Ministério Público, o procurador-geral de Justiça Alberto Nascimento Júnior, que acompanhou a ação e afirmou que, sendo um local público, seria legítimo ingressar no local”, disse.
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Segundo ele, vídeo do momento de sua entrada no local mostra que não houve truculência nem desrespeito aos membros da associação. “Já identificamos os responsáveis pelas publicações e estamos tomando as medidas judiciais cabíveis”, disse Campos.
Leia nota na íntegra:
“O deputado estadual Sinésio Campos, vem a público, por meio desta nota à imprensa, esclarecer os fatos referentes ao ocorrido no município de Silves, do dia 20/05/2023. Diversos portais estão distorcendo os fatos e publicando inverdades a respeito de nossa visita à sede da Associação de Silves pela Preservação Ambiental e Cultura – ASPAC.
Estive nesse dia em Silves para acompanhar a audiência pública que seria realizada pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM a respeito do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA da empresa Eneva S.A, que pretende explorar o gás natural na região. Para minha surpresa, o evento foi cancelado de última hora por uma decisão judicial da 7ª Vara da Justiça Federal no Amazonas. Um dos autores do pedido de suspensão da audiência foi a ASPAC.PUBLICIDADE
Como presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Aleam, é meu papel dialogar com os entes envolvidos para encontrar possíveis caminhos para solucionar o impasse, e como a ASPAC ficava localizada a poucos metros do ginásio onde deveria ter ocorrido a audiência pública, me desloquei até a sede da instituição junto das demais autoridades convidadas para a audiência pública com a finalidade de conhecer a associação e seu trabalho social, ambiental e cultural no município.
Para minha surpresa, fui barrado na entrada da instituição por duas senhoras que afirmavam fazer parte da associação. Ao contrário do que foi publicado nos portais, não agimos com truculência de nenhuma forma, e buscamos o diálogo para garantir a nossa entrada. Durante a conversa, ficou claro que a ASPAC ocupa um local público, além de ser uma entidade de interesse público, e, portanto, não haveria motivo de se impedir a entrada de qualquer autoridade. Entramos na instituição respaldados inclusive pelo chefe do Ministério Público do Estado do Amazonas, o Procurador-Geral de Justiça Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, que acompanhou a ação e afirmou que sendo um local público, seria legítimo ingressar no local.
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O que as “reportagens” não mostram é que, dentro da ASPAC, o deputado Sinésio Campos dialogou com as lideranças lá presentes, e ouviu as preocupações relacionadas ao impacto ambiental que o empreendimento da Eneva S.A poderia causar em Silves. Inclusive convidamos os membros da ASPAC para irem à Assembleia Legislativa na próxima terça-feira (23/05), às 9 horas da manhã, com o objetivo de estreitar o diálogo e encontrar uma solução negociada para o impasse, permitindo assim a realização da audiência pública do IPAAM no município.
Portanto, fica claro que as matérias divulgadas possuem o objetivo único de atacar a minha imagem, em uma campanha de perseguição política. Temos imagens de toda a ação, e fica claro que não houve truculência nem desrespeito aos membros da associação, muito pelo contrário: foram ouvidos e tratados com cordialidade. Já identificamos os responsáveis pelas publicações e estamos tomando as medidas judiciais cabíveis.
Sinésio Campos – Deputado Estadual”.
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Redação AM POST*