Redação AM POST
A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga desvios na Saúde estadual (CPI da Saúde) ouviu durante a semana testemunhas relacionadas a empresas que executam serviços para o governo do Estado. Além dos depoimentos, foram aprovados requerimentos de convocação para novos depoentes.
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A CPI vai requerer a uma instituição financeira a ordem bancária recebida da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), em 2017, para execução de pagamento de processo referente à oferta de exames ginecológicos em municípios do interior do Amazonas. “Ao contrário do que a ex-secretária da Susam, Maria de Belém, afirmou a esta Comissão, a servidora da Susam, Priscila Augusta Lira, nos afirmou que o pagamento de processo referente a exames superfaturados em 2017 foi sim atestado pela ex-secretária executiva ainda na época. Segundo Priscila, a ordem bancária sequer seria recebida pelo banco se não houvesse a assinatura da gestora. E é com base nessa afirmação que iremos requerer tal documento comprovatório do banco em questão e, ainda, suspendemos o depoimento do ex-secretário de Fazenda, Francisco Arnóbio até analisarmos e confirmarmos o que realmente aconteceu”, explicou Péricles.
A comissão aprovou também requerimentos de Wilker Barreto (Podemos) convocando José Ricardo Biazzo Simon, um dos donos da Zona Norte Engenharia, Manutenção e Gestão de Serviços S.A, consórcio que gerencia o Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz, e também proprietário da Magi Clean Serviços Prestados a Empresas Ltda, empresa responsável por prestar serviços de lavanderia no hospital.
De acordo com Wilker, é preciso investigar a ligação entre José Ricardo Simon e Rosemeire Nunes Del Giglio, esposa do secretário estadual da Fazenda, Alex Del Giglio, já que ambos são sócios da Profit Câmbio e Serviços Financeiros Ltda, corretora de títulos e valores mobiliários, o que segundo o parlamentar aponta indícios do crime de tráfico de influência.
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“Essa CPI, dentro das investigações referentes aos contratos das Organizações Sociais e Parcerias Público-Privadas do Delphina Aziz, precisa apurar essa correlação entre um fornecedor do governo e uma empresa privada ligada ao alto escalão do governo. A Magi Clean é uma das empresas que operavam até maio no Delphina, ou seja, o senhor José Ricardo Simon além de ser um dos donos da unidade hospitalar mais cara do Estado, também é sócio de uma empresa que presta serviços dentro do próprio Delphina. Tudo isso está muito estranho e precisa ser investigado”, declarou o parlamentar.
A CPI ouviu Rafael Garcia de Silveira, dono da Prime Serviços e investigada por prestar serviço no Governo com atestado falso de capacidade técnica na última quarta-feira (19). Rafael explicou que foi sócio da Petro Serviços juntamente com Sérgio Chalub até 24 de junho de 2019, quando encerraram a parceria após divergências. Depois desta data, o depoente mudou o nome da empresa para Prime Serviços e realizou análises de movimentações financeiras na empresa, quando constatou que Chalub movimentou, entre janeiro de 2018 a maio de 2019, R$ 2,4 milhões da conta da Petro, em retiradas de dinheiro em espécie e transferências para sua conta pessoal e para a Líder Serviços.
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“É muita desinformação, precisamos investigar essas movimentações financeiras, o fluxo de caixa dessas empresas. Estamos falando de duas empresas que já faturaram mais de R$ 20 milhões no Estado entre 2019 e 2020. Não é pouca coisa não”, denunciou Wilker.
* Com informações da Assessoria de Imprensa