O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado David Almeida (PSB), culpou o o governador Amazonino Mendes pelo decreto do presidente, Michel Temer (MDB), que reduziu a alíquota da tabela de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do setor de concentrados, do Polo Industrial de Manaus (PIM), de 20% para 4%.
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De acordo com o parlamentar, a decisão do presidente da república tomada como uma das soluções aos prejuízos causados pela greve dos caminhoneiros – é uma retaliação à postura de Amazonino, que se posicionou contrário ao Projeto de Lei (PL) número 160, dentro do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O PL tratava da convalidação dos incentivos fiscais.
Quando foi governador interino do Estado, David afirma que chegou a reunir com os representantes da indústria como a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), o Centro da Indústria do Amazonas (Cieam), os técnicos da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), e até mesmo com o secretário da Receita, Eduardo Guardia, hoje ministro da Fazenda, para tomar a decisão, porém após a eleição, Amazonino enviou uma orientação para que o interino votasse contra no Confaz mesmo ele não concordando com a ação.
“A partir do momento, em que o Amazonas votou contra, simplesmente o nosso Estado passou a ser ‘persona non grata’ no Confaz, na Receita Federal e no Ministério da Fazenda”, revelou o parlamentar.