Redação AM POST*
O padre Humberto Guidotti, 81 anos, faleceu nesta segunda-feira (11) em Pistóia, na Itália, onde viveu seus últimos anos de vida, depois de trabalhar por cerca de 30 anos no Brasil, entre Amazonas e Maranhão. Nos últimos anos, ele enfrentava um quadro de doenças degenerativas.
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Ele será velado nesta terça-feira (12) na Igreja de Santa Clara no Seminário em Pistoia.
Nos anos 1980 e 1990, Guidotti coordenou o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Manaus. Na capital também foi pároco na Igreja Menino Jesus de Praga, no bairro da Chapada, na zona centro-sul.
No Amazonas ele liderou lutas pelos direitos humanos, trabalhando inicialmente com a missionária Nadia Vettori, por cerca de oito anos junto aos hansenianos no que era chamado antigo leprosário de Manaus, na Colônia Antônio Aleixo.
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Guidotti foi um dos mentores da criação do Grito dos Excluídos e sempre se apresentou como uma voz firme e atuante no combate à corrupção e desmandos governamentais. Foi ameaçado de morte várias vezes por denunciar situações de corrupção política e injustiças sociais.
O líder religioso deixou o Amazonas para ir a Moçambique, na África, onde também trabalhou junto aos injustiçados e depois viveu no Maranhão, onde continuou sua luta junto aos batalhavam pela reforma agrária.