A possibilidade de estiagem do Amazonas, tão ou mais severa que no ano passado, foi debatida pelos deputados na Sessão Plenária desta quarta-feira (19/6), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Os parlamentares cobraram medidas preventivas que amenizem as consequências da seca para a população.
A previsão é em 2024 o estado tenha uma seca severa foi feita pelo Poder Executivo Estadual, devido aos rios amazonenses estarem com níveis abaixo para o esperado nesta época do ano.
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“Venho falando há meses sobre este tema, pois percebo que o governo do estado não está preparado para mitigar os efeitos do sofrimento do nosso povo”, disse o deputado Wilker Barreto (Mobiliza). O parlamentar informou que irá convidar o secretário da Defesa Civil do Amazonas, Cel. Francisco Máximo, esteja na Aleam na próxima semana para que apresente planos concretos de ações.
“Vou solicitar que o secretário Máximo mostre o plano de ação, não apenas o que consta no site da Defesa Civil, com medidas norteadoras”, disse o deputado Wilker, antecipando que o assunto que irá dominar os debates no segundo semestre será a seca e o sofrimento do povo do interior.
O deputado Rozenha (PMB) também se manifestou, falando que ao contrário das chuvas e enchentes, que ocorrem a olhos vistos, a estiagem é uma tragédia silenciosa. “Caminhamos para a maior seca de todos os tempos, e no rastro desta seca, vem o isolamento de comunidades e cidades, o desabastecimento, a fome, a falta de água e o sofrimento da população do interior”, declarou o parlamentar.
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Reforçando a necessidade de ações para diminuir os impactos da seca, Rozenha celebrou que o Ministério dos Transportes, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), anunciou para esta quarta-feira a assinatura de edital de convocação para os serviços de dragagens dos rios Solimões e Amazonas. Também estão previstas manutenção na estrutura de mais de 40 pontes ao longo da rodovia BR-319, que liga os municípios do sul do Amazonas.
A retirada dos sedimentos do fundo dos rios facilita a navegação de embarcações e evita que elas encalhem, quando as águas baixarem. Outras ações também são consideradas urgentes, pelo deputado, como soluções para acesso à água potável; e medidas que evitem o desabastecimento de combustíveis e comércio.