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Desabamento na orla de Parintins gera preocupação e críticas à gestão municipal

A qualidade da obra inaugurada há menos de um ano foi criticada.

  • Por AM POST

  • 07/02/2025 às 18:00

  • Leitura em três minutos

Na manhã desta quinta-feira (6), parte da orla do município de Parintins, no Amazonas, desabou após as águas do rio Amazonas atingirem com força o muro de arrimo da ilha tupinambarana. O fenômeno, conhecido como “terras caídas”, surpreendeu e alarmou os moradores da cidade, que observaram rachaduras nas calçadas e até no asfalto. As imagens, que circulam pelas redes sociais, mostram o impacto da força das águas no local e geraram um clima de apreensão na população.

O desbarrancamento, embora um fenômeno natural, ocorre devido à constante erosão das terras próximas ao rio. De acordo com o secretário de Obras e Infraestrutura de Parintins, Albano Albuquerque, a estrutura que contém estacas está intacta e não apresenta danos significativos. “Esse desbarrancamento se faz de forma natural, pela força das águas que provoca o fenômeno das terras caídas. Porém, a estrutura está íntegra, sem nenhum problema. Estamos trabalhando para conter a fuga dessas terras por debaixo. Depois, vamos fazer o reaterro para trazer mais segurança e recompor a calçada do muro de arrimo”, afirmou Albuquerque.

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Apesar da explicação fornecida pelo secretário, a situação gerou críticas nas redes sociais, especialmente por parte da ex-vereadora Brena Dianná (UB). Em um vídeo postado em suas redes sociais, ela mostrou a situação da orla e usou a oportunidade para questionar a gestão do prefeito Mateus Assayag (PSD). Brena comparou o desabamento a um “presente de grego” para a cidade, criticando a qualidade da obra que foi inaugurada há menos de um ano.

“Essa cena parece ser uma lembrança do passado, mas não é. É uma obra nova, inaugurada há menos de um ano e olha só a qualidade. A cidade queria progresso, mas recebeu um presente de grego. Tem gente que brinca com coisa séria e diz que foi a Cobra Grande que se mexeu. Já o secretário, que foi só um cano que rachou. Um cano rachado fez isso tudo?”, questionou a ex-vereadora, fazendo referência a explicações menos convincentes dadas sobre a origem do problema.

Brena também criticou a falta de explicações claras sobre a garantia da obra, citando o artigo 618 do Código Civil, que prevê que o responsável pela obra tem a obrigação de garantir a sua durabilidade por, no mínimo, cinco anos. “Mais estranho ainda é que ninguém está falando da garantia da obra. Segundo o Código Civil, o responsável é obrigado a garantir a obra por pelo menos cinco anos. E aí, prefeito, vai cobrar o responsável para refazer o serviço sem custo ou essa desculpa do cano rachado é só um jeitinho para meter outro emergencial no orçamento?”, questionou.

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A situação levou a população a questionar a transparência e a gestão das obras realizadas na cidade. Parintins, que vive do turismo e da sua tradição cultural, passa por um processo de crescimento, mas esse incidente colocou em xeque a qualidade das obras públicas e a segurança das construções que foram recentemente executadas.

Enquanto o governo municipal trabalha para resolver os danos, o episódio chama atenção para a necessidade de um maior rigor no planejamento e execução de obras de infraestrutura em áreas vulneráveis à ação de fenômenos naturais, como a erosão e o avanço das águas do rio Amazonas.

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