Cerca de 5,5 mil filhotes de quelônios foram devolvidos à natureza na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Igapó-Açu. A atividade é realizada pelos moradores da Unidade de Conservação (UC) com apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e parceiros, em prol da conservação da espécie na natureza.
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O trabalho de soltura foi realizado na última quinta-feira (06/02), nas comunidades de São Sebastião do Igapó-Açu, localizada no município de Borba (a 150 km em linha reta de Manaus) e Nova Geração do Igapó-Açu, no Careiro Castanho (distante 102 km da capital). Esta é a décima edição da soltura de quelônios dentro da RDS e a primeira do ano nas Unidades de Conservação Estaduais que realizam a atividade.
O gestor da UC, Diego Morgado, ressaltou que a soltura dos animais contribuiu para o aumento da espécie de tracajás na região. “No ambiente natural, quando os quelônios eclodem nas praias, eles têm uma taxa de sobrevivência abaixo de 1% do total que foi desovado. Com a ajuda do projeto e do manejo, conseguimos fazer com que eles retornem para natureza mais desenvolvidos e, consequentemente, com uma maior probabilidade de sobrevivência na natureza, cerca de 10% a 15%”, disse.
Protagonismo – Morgado destacou ainda o protagonismo do trabalho comunitário na atividade de monitoramento e soltura de quelônios. “É um trabalho que gera união, organização e conscientização ambiental entre os comunitários. Eles estão envolvidos ao longo de meses em um processo trabalhoso, mas que vale a pena. Estamos preservando um legado que foi criado pela geração atual e que será mantido para geração futura, de que vale a pena conservar o meio ambiente”, completou.
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A ação pela conservação da espécie na RDS Igapó-Açu é resultado do trabalho compartilhado entre a Sema e o Projeto Pé de Pincha, da Universidade Federal do Amazonas, com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Claro, empresa de Engenharia Consultiva PROSUL e a Prefeitura do Careiro.
Monitoramento de quelônios – A soltura é realizada no âmbito do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso Sustentável de Recursos Naturais (Probuc), que é executado em 13 unidades de conservação estaduais gerenciadas pela Sema.
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Os próprios comunitários atuam como monitores das chocadeiras na RDS. São eles que, juntamente com a equipe da Sema e dos Agentes Ambientais Voluntários (AAV), monitoram os tabuleiros nas praias e coletam os ovos. Todos os ovos são guardados e recebem os devidos cuidados para garantir a eclosão e crescimento dos animais, até chegarem a um tamanho adequado para serem devolvidos à natureza em segurança.