O governador do Amazonas, Amazonino Armando Mendes (PDT) indicou o seu sócio, ex-vice-governador e ex-secretário de Estado da Fazenda Samuel Assayag Hanan, para a presidência do Conselho de Administração da Companhia de Gás do Estado (Cigás), que está passando pelo segundo processo de privatização, que deve envolver valores próximos a R$ 1 bilhão e deve ser critica está semana na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE/AM).
Hanan comandou, no governo de Amazonino, em 2002, o polêmico processo de privatização do serviço de água de Manaus, que ficou conhecido como ‘venda da Cosama’. De acordo com documento da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), Amazonino é sócio de Hanan na SMD Consultoria Ambiental e Empresarial Ltda., com capital social de R$ 400 mil. Também são sócios da empresa Marcelo Falcone Hanan e Daniel Falcone Hanan.
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A reportagem tentou ouvir o governador, via Secretaria de Estado de Comunicação Social (Secom), que não respondeu sobre a sociedade. A Secom informou, apenas, que não havia decisões do governo sobre mudanças na direção da Cigás. Em dezembro, Hanan integrou, como assessor especial de Economia e Finanças do Estado, a comitiva de Amazonino aos Estados Unidos para reunião com o ex-prefeito de Nova Iorque (EUA), Rudolph Giuliani.
O deputado, Serafim Correa, afirmou que a indicação não é correta e que o governador está misturando o público com o privado e disse que espera que o Ministério público do Estado (MPE) “acorde desse sono profundo, sob pena de ser conivente”.
Outro deputado que mostrou indignação com a indicação foi Platiny Soares que classificou o ato como ‘imoral’. “Atos dos governador Amazonino praticados, hoje, com a cabeça de que está no seculo passado, são completamente imorais. São os mesmo atores para umanovela diferente”, destacou.