O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou nesta quinta-feira (26) uma série de medidas emergenciais para mitigar os efeitos da estiagem severa que atinge o estado. Durante coletiva de imprensa realizada na sede do governo, Lima destacou que o governo estadual está em alerta diante da crise hídrica, que vem causando aumento na incidência de doenças e afetando tanto a capital quanto o interior e também alertou sobre risco crise sanitária.
“Estou encaminhando ofício para a Casa Civil e para o Ministério da Saúde para alertar sobre o risco que nós temos de, nos próximos dias, vivermos uma crise sanitária no Amazonas devido à falta de água potável. Aumentou consideravelmente a incidência de doenças relacionadas ao consumo de água contaminada ou imprópria, principalmente em crianças”, disse Lima.
PUBLICIDADE
View this post on InstagramPUBLICIDADE
Entre as ações, Lima informou que se reuniu com os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Marina Silva, do Meio Ambiente, para articular uma resposta conjunta à situação. O encontro resultou no compromisso de liberação de R$ 45 milhões provenientes do Fundo Amazônia, destinados à formação de brigadas para o combate a incêndios florestais, uma preocupação crescente devido às altas temperaturas e à seca extrema.
PUBLICIDADE
Além do impacto ambiental e dos incêndios, o governador destacou que o estado está prestes a enfrentar uma crise sanitária, especialmente nas regiões mais atingidas pela seca. De acordo com Lima, a escassez de água potável tem levado ao aumento de doenças relacionadas ao consumo de água contaminada ou imprópria para o consumo, com crianças sendo as mais afetadas.
A mudança no perfil de atendimento nas unidades de saúde tanto da capital quanto do interior tem sido evidente, conforme explicou o governador. “A dinâmica de procura por atendimento na rede de saúde se modificou consideravelmente. Temos visto um aumento no número de casos de doenças de veiculação hídrica, principalmente em crianças, e isso é muito preocupante”, disse Lima.
PUBLICIDADE
A estiagem no Amazonas é uma das piores registradas nos últimos anos, com efeitos que vão além da questão ambiental, atingindo diretamente a vida da população, sobretudo as comunidades ribeirinhas e áreas mais isoladas.