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Amazonas

Justiça obriga Jornal O Globo a publicar direito de resposta da Samel na coluna da jornalista Malu Gaspar

Juiz também proibiu o veículo e a jornalista de citarem o nome da empresa em textos sobre o uso da proxalutamida.

  • Por AM POST

  • 21/10/2021 às 18:24

  • Leitura em quatro minutos

Redação AM POST

A Justiça do Amazonas garantiu direito de resposta ao presidente e dono da rede de hospitais Samel, Luís Alberto Nicolau, no jornal O Globo e proibiu o veículo e a jornalista Malu Gaspar de citarem o nome da empresa em matérias sobre suspeitas de fraude em ensaio clínico da proxalutamida.

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A ordem é do juiz Manuel Amaro de Lima, da 3ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho de Manaus, que aplicou ainda multa ao jornal.

“Publicando novas matérias com o mesmo conteúdo, bem como a evidente produção de documentos inverídicos com o fito de induzir uma narrativa em desconformidade com os fatos, o que evidencia excessos no tocante à liberdade de imprensa”, diz trecho da decisão.

Segundo decisão o veículo terá que apagar sete reportagens, publicadas no blog da jornalista Malu Gaspar, e proibiu a veiculação de qualquer texto que vincule a rede Samel com “quaisquer fatos atinentes à medicação proxalutamida e/ou denominação Nova Cloroquina”.

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Em seu direito de reposta o grupo Samel esclarece alguns pontos especificamente sobre sua participação como um dos campos de estudo da pesquisa realizada em Manaus.

O Grupo Samel tem a esclarecer o seguinte:
1. Na condição de campo de estudo, os hospitais Samel apresentaram resultados extremamente positivos com o uso da proxalutamida em pacientes de Covid-19, com reduções de taxas de internação, óbitos e consumo de oxigênio hospitalar, conforme já amplamente divulgado pela empresa por meio da imprensa e das redes sociais.

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2. Não foram reportados óbitos e nem efeitos adversos graves causados pelo medicamento dentro dos hospitais Samel em nenhum dos participantes voluntários do ensaio, os quais receberam acompanhamento médico 24 horas. Todos os pacientes, ou seus familiares, tiveram seus direitos assegurados e assinaram termos de consentimento para participarem do estudo.

3. O uso da proxalutamida dentro dos hospitais Samel ocorreu apenas como terapia adicional, ou seja, de modo complementar ao tratamento médico padrão em pacientes de Covid-19, evitando qualquer risco para os pacientes. Logo, todos os protocolos clínicos foram respeitados, não havendo portanto substituição, mas adição de medicamentos.

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4. De acordo com os pesquisadores responsáveis, o estudo foi randomizado duplo-cego e controlado por placebo. Isso significa que um grupo de pacientes recebeu, adicionalmente, a proxalutamida e o outro recebeu placebo (substância sem ingredientes ativos, somente com gosto e aparência idêntica à droga real estudada).

5. A participação do Grupo Samel se deu apenas como um dos campos de estudo, logo, a empresa não exerce ingerência sobre a condução da pesquisa e tampouco pelo medicamento proxalutamida. Todo e qualquer resultado verificado em outras cidades e unidades hospitalares que não integram a rede Samel é de inteira responsabilidade dos pesquisadores e da entidade norte-americana patrocinadora.

6. Nesse contexto, o Grupo Samel não é parte interessada e sequer tem acesso a dados, documentos e demais elementos de caráter sigiloso que envolvem a produção científica em questão. Por conseguinte, a empresa não foi formalmente notificada por nenhum órgão fiscalizador em face das alegações apontadas.

7. Sendo assim, se houve quaisquer falhas de condução do ensaio clínico, dentro dos hospitais Samel, apenas os pesquisadores responsáveis podem falar sobre.

8. O Grupo Samel não possui qualquer experimento com a proxalutamida em andamento e não consta como participante ou coparticipante de nenhum estudo nesse sentido, conforme comprovado pelo Ofício nº 869/2021/CONEP/SECNS/MS emitido pelo coordenador da Conep, Jorge Venâncio, no dia 10 de setembro do ano corrente.

9. Contrariamente ao que afirma a matéria publicada por Cenarium, o diretor-presidente do Grupo Samel, Luis Alberto Nicolau, não é médico nem “idealizador” da pesquisa. É administrador de empresas, especializado em gestão empresarial, com atuação na área de saúde hospitalar desde os 12 anos de idade.

Leia o Direito de Resposta na íntegra: CLIQUE AQUI

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