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Meteorologista denúncia precariedade do sistema de previsão do tempo no Amazonas

O maior estado do país em extensão territorial está com sistema de previsão do tempo precário.

  • Por AM POST

  • 17/06/2023 às 14:31

  • Atualizado em 17/06/2023 às 14:32

  • Leitura em três minutos

O sistema de previsão do tempo no Amazonas, que é o maior estado do país em extensão territorial e possui muitas peculiaridades na sua climatologia, está precário, conforme informou o presidente do Núcleo Regional do AM da Sociedade Brasileira de Meteorologia (NRAM-SBMET), Guilherme Figlioulo, em entrevista ao Portal AM POST.

Vale destacar que o meteorologista é o profissional que estuda os processos físicos que ocorrem na atmosfera e sua interação com a superfície terrestre. As informações obtidas pelos profissionais da meteorologia subsidiam as tomadas de decisões na agricultura, navegação aérea, terrestre e aquática, além de estudar e monitorar a dispersão de agentes poluentes e/ou o excesso ou a falta de recurso hídrico, por exemplo.

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“É importante que no nosso estado a gente tenha melhorias no sistema de previsão do tempo porque os meteorologistas trabalham em situação muito precária aqui, temos pouquíssimas estações meteorológicas para fazer a medição das variáveis, que são importantes para dar entrada nos modelos de previsão, e isso torna cada vez mais desafiador o nosso trabalho no Amazonas”, declarou o especialista.

De acordo com Figlioulo, a situação é tão complicada que o distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) do Amazonas, que era sediado em Manaus e atendida aos estados do Acre e Roraima, foi desativado pelo Governo Federal no ano passado e as estações meteorológicas nos três estados passaram para a coordenação do Inmet em Belém (PA). O fechamento do distrito em Manaus representa uma grande perda para à região.

“Sem o distrito do Amazonas, o Pará fica sobrecarregado para fazer a previsão para quatro estados”, explicou.

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Guilherme também destaca que apesar de haver o curso de graduação em Meteorologia, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que forma profissionais capacitados, a região possui apenas a meteorologista Lenisia Souza, atuando na Defesa Civil que fica responsável por emitir alertas para todos os 62 municípios do Amazonas e isso gera uma sobrecarga muito grande.

Questionado sobre os motivos para que a situação tenha chegado nesse ponto, o especialista afirma que acredita que seja uma mistura de falta de conhecimento e interesse por parte do governo. Ele também destaca que o NRAM-SBMET está trabalhando para melhorar o cenário local e divulgar mais a profissão.

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“Acredito que seja falta de interesse e conhecimento. Já entramos em contato com alguns órgãos tentando mostrar a importância de ter meteorologistas nesses lugares mas ainda não obtivemos retorno. Então, nós como núcleo estamos tentando trabalhar nessa vertente de divulgar a profissão e também fiscalizar para que não haja pessoas desqualificadas desempenhando o papel”, disse.

Redação AM POST*

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