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Notícias do Amazonas – O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar possíveis irregularidades na atuação de médicos obstetras da Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), em Manaus. A investigação teve início após denúncia recebida pela 58ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública (PRODHSP), que relata práticas incompatíveis com o serviço público.
Segundo a Notícia de Fato n.º 01.2025.00002770-6, médicos plantonistas da unidade estariam orientando gestantes a procurarem atendimento em outros estabelecimentos devido à suposta falta de profissionais em serviço. A situação, no entanto, teria relação direta com afastamentos frequentes de servidores concursados.
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As denúncias apontam que, mesmo alegando motivos de saúde para se ausentar do serviço público, alguns médicos estariam atuando em hospitais privados e cooperativas médicas nos mesmos dias ou em datas próximas aos afastamentos. Caso comprovadas, essas ações podem configurar uso indevido de atestados médicos e prática de falsidade ideológica.
Em resposta, a promotora de Justiça Luissandra Chíxaro de Menezes solicitou à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) a previsão para a conclusão da apuração conduzida pela Comissão Permanente de Sindicância e Ética no Trabalho (Copset), visando à instrução adequada do processo no MPAM.
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A medida tem amparo nos artigos 196 e 197 da Constituição Federal, que garantem o acesso universal à saúde e atribuem ao Estado a responsabilidade pela fiscalização e controle dos serviços de saúde. O MP afirma que irá acompanhar rigorosamente o desdobramento das apurações.