- (Foto: Reprodução)
Manaus registra atualmente o preço mais alto da gasolina entre as capitais brasileiras. Em um posto localizado no km 45 da Estrada de Manacapuru (AM-070), o litro do combustível é vendido a R$ 6,79 valor significativamente mais baixo do que o praticado dentro da capital amazonense, apesar da distância e dos custos de transporte.
O percurso para abastecimento desses postos inclui saída da distribuidora no Distrito Industrial, trajeto pela Ponte Rio Negro, deslocamento de mais 45 km até o local de venda e retorno à distribuidora, totalizando cerca de 110 km percorridos. Mesmo com todo esse deslocamento, o preço no interior é até 30 centavos menor do que o valor cobrado nos postos de Manaus.
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A diferença chamou atenção e reacendeu denúncias sobre um possível cartel da gasolina em Manaus. De acordo com estimativas, a diferença de preço, multiplicada por um milhão de veículos com consumo médio de 100 litros mensais, pode representar R$ 30 milhões mensais que deixam de circular entre os consumidores para favorecer os donos de postos. “Na cidade, onde a distância é menor, o preço é 30 centavos mais caro. Isso só pode ser explicado por práticas criminosas, onde alguns controlam e outros obedecem, envolvendo refinarias e distribuidoras. Além disso, desde dezembro de 2024, o preço da gasolina na refinaria caiu apenas 85 centavos, e agora, mais recentemente, apenas 3 centavos. Se eu não tivesse denunciado, o preço continuaria em R$ 7,29.” disse o vereador Rodrigo Guedes, em vídeo nas redes sociais. Ele também já foi coordenador do Procon-AM.
O problema já havia sido denunciado anteriormente, resultando em uma redução de 82 centavos no preço da refinaria. Ainda assim, o litro da gasolina em Manaus permanece elevado. Líderes comunitários e ex-gestores de órgãos de fiscalização defendem que Ministério Público, Defensoria Pública, OAB, Procon Amazonas, Procon Manaus e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) atuem em conjunto, como já ocorreu no passado.
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