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Programa Saúde Amazonas vai ampliar em 65% oferta de consultas e exames

O objetivo é reduzir as filas da saúde e o tempo de espera por procedimentos na rede pública.

  • Por AM POST

  • 06/09/2020 às 15:39

  • Leitura em quatro minutos

Redação AM POST

Nos próximos seis meses, a oferta de consultas e exames especializados na rede estadual de saúde deverá crescer 65%. Essa é a meta inicial do programa Saúde Amazonas, lançado na última segunda-feira (31/08), pelo governador Wilson Lima e cujo principal objetivo é reduzir as filas da saúde e o tempo de espera por procedimentos na rede pública.

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O aumento da oferta ocorrerá por meio de três ações específicas da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM): reabertura do hospital Delphina Aziz, aumento da oferta das policlínicas e o overbooking na marcação de consultas e exames. A meta é ampliar de 262 mil para 404,7 mil a oferta mensal de procedimentos especializados. As consultas terão aumento de 42%, saindo de 24 mil para 56,9 mil ofertas ao mês. Já a oferta de exames crescerá 68%, saindo de 237,9 mil para 347,8 mil/mês.

A abertura, nos próximos dias, do Hospital Delphina Aziz para dar retaguarda à rede de saúde vai possibilitar, de imediato, a oferta de mais 12,5 mil consultas e 92 mil exames. A unidade, que desde março está exclusiva para Covid-19, será o grande hospital de retaguarda da rede, funcionando com toda a sua capacidade instalada.

“O Delphina Aziz volta com nova função. Não será mais porta aberta, mas um grande hospital de retaguarda, colocando todo o seu parque de diagnóstico, serviços ambulatoriais, leitos e centro cirúrgico para desafogar Prontos-Socorros e atender a população”, afirma o secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo.

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A secretaria também está reordenando o serviço de ambulatórios especializados nas oito policlínicas estaduais. Com isso, serão ofertados 17.524 consultas e 1.468 exames a mais por mês.

Com a aplicação da técnica do overbooking, planeja-se ofertar 2.837 consultas e 16.344 exames a mais, no mês, pelo Sistema de Regulação (Sisreg).

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O overbooking permite oferecer um número maior de vagas de consultas e exames, levando em consideração o absenteísmo, ausência sem justificativa do paciente às consultas e exames marcados.

Conforme Marcellus Campêlo, devido ao alto índice de absenteísmo, em torno de 39%, em 2019, a secretaria identificou a necessidade do sistema de regulação adotar o overbooking como estratégia para não desperdiçar nenhuma consulta.

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“Vamos aplicar overbooking e destinar um percentual a mais de agendamentos para compensar essa taxa de absenteísmo. Nós iremos usar uma taxa de segurança e, com isso, vamos aumentar de 15% em alguns casos, até 50% da quantidade de vagas, considerando o tipo de procedimento, de consultas e de cirurgias eletivas marcadas”, disse.

Redução da fila – Segundo a coordenadora do Complexo Regulador, Keila do Valle, na prática, a estratégia do Projeto Saúde Amazonas vai reduzir o tempo de espera por uma consulta.

Ela explica que o percentual de aumento de vagas será calculado considerando o absenteísmo do penúltimo mês anterior ao da agenda programada. Dessa forma, a agenda do mês de março, por exemplo, será configurada, considerando o absenteísmo de janeiro.

A especialidade médica que tiver até 10% de absenteísmo não terá a aplicação do percentual de overbooking. Já o absenteísmo de 11% a 30% terá aplicado o percentual de overbooking de 15%, na agenda programada, e assim, respectivamente, até alcançar 50% de overbooking de especialidades com absenteísmo maior que 71%.

Faltosos x fila – No Amazonas, o absenteísmo está acima da média nacional, que é de 25%, o que prejudica o andamento da fila de atendimento no Estado, segundo explicou a coordenadora.

“Hoje, a média mundial de absenteísmo chega a 23%. Só o Amazonas, no ano de 2019, teve uma taxa média de 39%, que a gente considera alto e acaba impactando no atendimento da população. Se eu deixo de ir a uma consulta, eu perco a vaga, eu volto para o final da fila e a unidade de saúde acaba deixando de oferecer para um outro usuário do SUS”, disse Keila do Valle.

Em 2019, foram 324.530 consultas não realizadas em razão da falta dos pacientes, gerando um desperdício financeiro estimado em R$ 7 milhões. Prejuízo que será sanado com o início do projeto de overbooking.

* Com informações da Assessoria de Imprensa

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