Um projeto de pecuária sustentável, que leva alternativas tecnológicas aos pecuaristas com o objetivo de recuperar as pastagens degradadas, além de repassar técnicas e tecnologias já geradas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), está sendo desenvolvido no Amazonas. O modelo promove o desenvolvimento sustentável da pecuária, por meio da transferência e difusão de tecnologia aos produtores rurais.
A pesquisa incentiva a recuperação de áreas de pastagens degradadas, utilizando-se da tecnologia de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF). Mais de 1,5 mil produtores em 14 municípios do Amazonas já foram beneficiados com a atividade.
PUBLICIDADE
A ação está sendo desenvolvida no âmbito do Programa Estratégico de Transferência de Tecnologias para o Setor Rural (Pró-Rural) da Fundação de Amparo a Pesquisa (Fapeam), em parceria com a Secretaria de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror). O programa tem como objetivo a promoção da adoção de novas técnicas de produção sustentável, resultantes de pesquisas científicas e tecnológicas adequadas à realidade regional.
De acordo com o coordenador do projeto, Jasiel Nunes Sousa, o sistema ILPF é uma estratégia de produção sustentável que integra sistemas agrícolas, pecuária e floresta, baseando-se na adoção de práticas conservacionistas como o plantio direto, a rotação e a sucessão de culturas, o consórcio de espécies, o manejo animal e a produção de forragens, madeiras, fibras e frutos.
“Nos baseamos em atividades como a recuperação de pastagens, na qual recuperamos por meio do plantio de árvores e grãos no pasto. Com isso é possível diminuir os custos. O grande problema do produtor é a falta de alimentos para seus animais e o tipo de alimento mais barato é o pasto a campo”, informou.
PUBLICIDADE
As atividades do projeto são desenvolvidas junto aos produtores rurais, onde são atendidos e acompanhados in loco por bolsistas capacitados para a execução da pesquisa sob a coordenação, orientação e acompanhamento de profissionais especialistas na área.
Neste projeto, 20 bolsistas foram alocados para os munícipios de Manacapuru, Presidente Figueiredo, Careiro da Várzea, Autazes, Borba, Itacoatiara, Parintins, Barreirinha, Apuí, Humaitá, Boca do Acre, Manicoré, Lábrea e Nhamundá.
PUBLICIDADE
O projeto começou em 2014 e encerrou no mês de novembro deste ano. O pesquisador citou com exemplo um produtor do município de Autazes que produzia cerca de 30 litros de leite por dia e tinha mais de 50 animais entre bezerros, bois e vacas.