Seca no Amazonas já afeta quase 770 mil pessoas

O fenômeno climático tem gerado dificuldades para cerca de 190 mil famílias, que enfrentam as consequências da estiagem prolongada.

Foto: Marizilda Cruppe/Greenpeace

Notícias do Amazonas – A seca que assola a Região Norte do Brasil tem impactos severos no estado do Amazonas, onde 767.186 pessoas já estão afetadas, conforme o boletim divulgado pela Defesa Civil nesta sexta-feira (4/10). O fenômeno climático tem gerado dificuldades para cerca de 190 mil famílias, que enfrentam as consequências da estiagem prolongada.

Nos últimos meses, a situação hídrica se deteriorou rapidamente, levando todos os grandes rios do estado a níveis críticos. O Rio Negro, por exemplo, atingiu o menor nível registrado em 122 anos de medições, com uma cota de 12,66 metros nesta sexta-feira. Este número supera a marca negativa do mês de outubro de 2023, quando a medição chegou a 12,7 metros.

A seca não se limita ao Rio Negro. Em Tabatinga, o Rio Solimões apresenta uma cota negativa de 1,99 metros, configurando a pior seca da história no município. Da mesma forma, em Parintins, na região do Baixo Amazonas, o Rio Amazonas apresenta uma cota negativa de 2,05 metros. Itacoatiara também enfrenta uma situação alarmante, com o Rio Amazonas marcando apenas 0,41 metros.

As consequências da estiagem são visíveis e preocupantes. A população local enfrenta sérias dificuldades para se deslocar e receber suprimentos essenciais, como alimentos e medicamentos. A escassez de água compromete o abastecimento e eleva o custo de vida nas comunidades afetadas, intensificando a vulnerabilidade das famílias.

Diante da gravidade da situação, a ajuda humanitária tornou-se uma necessidade urgente. As autoridades locais já iniciaram a distribuição de 2,5 mil toneladas de alimentos nas regiões mais afetadas pela seca. Esta medida é fundamental para garantir a segurança alimentar da população, que vê suas opções de sobrevivência se esgotarem.