O vice-governador do Estado e chefe da Casa Civil, Carlos Almeida Filho, recebeu, no final da tarde desta segunda-feira (29/04), na sede do Governo, os representantes dos trabalhadores em Educação e assumiu o compromisso de ouvir profissionais indicados por eles durante elaboração de estudo de viabilidade econômica que será feito pelos técnicos da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
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Um estudo feito por economistas contratados pelos profissionais da educação foi entregue na manhã de hoje ao Governo do Estado. Este estudo será avaliado pelos técnicos da fazenda estadual. Caso haja a comprovação de que as perdas são maiores do que está sendo reposto pelo governo há o compromisso de saná-las.
O Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/Sindical) já definiu nomes para compor a comissão enquanto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) ainda vai decidir em assembleia da categoria se encaminha representante, procrastinando assim um processo crucial na resolução do impasse entre o governo e a classe.
“O que queremos é que haja total transparência. Os técnicos da Sefaz apresentarão os números e os professores acompanharão. E o que for de direito e estiver dentro do limite possível na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) será dado à categoria. Este é nosso maior compromisso”, disse Carlos Almeida Filho.
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A situação mostra ruptura na paralisação da categoria que já dura duas semanas.
Data base
O Governo está esperando um entendimento da categoria para enviar à Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) o projeto de lei que concede a reposição salarial de 3,93%.
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“Vamos aguardar vocês nos darem autorização para enviar o projeto de lei à ALE-AM e caso haja necessidade de maior reposição, e isso for possível, nós enviaremos outro projeto”, disse Carlos Almeida.
Em janeiro, o governador Wilson Lima honrou o pagamento da última parcela do escalamento da categoria referente ao período de 2015 a 2018. Mesmo não estando prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) a última parcela de 9,38%, foi paga pela atual administração.
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Progressões
Sobre as demais demandas dos profissionais, como as progressões verticais e horizontais que estão na proposta do Governo do Estado, Carlos Almeida destacou que serão discutidas novamente com a categoria. “As progressões também darão ganhos financeiros aos professores, vamos discutir sim, mas para tanto precisamos que a rede de Educação volte à normalidade, até por uma questão legal”, ponderou Carlos Almeida na reunião.
Iimpedimento legal
Pela situação fiscal do Estado e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o Amazonas está impedido de dar ganho real a qualquer categoria. O Governo do Estado iniciou 2019 gastando acima de 49% da sua Receita com a folha de pessoal, limite máximo permitido pela LRF. Atualmente, esse gasto está na casa dos 50% e o Estado trabalha na redução de despesas com custeio e com pessoal.
Um comparativo entre a Receita Corrente Líquida (RCL) em janeiro de 2018 e 2019, com as despesas com folha de pagamento no mesmo período, revela que a receita cresceu 17% e a despesa subiu 25%, esta saindo de R$ 408 milhões para R$ 510 milhões no período analisado.