Da Redação
A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) formou, no início deste mês, um grupo de trabalho para organizar a linha de cuidados dos ostomizados atendidos pelo Centro Especializado em Reabilitação (CER III) da Policlínica Codajás. Entre as atribuições do grupo está a avaliação da qualidade das bolsas de colostomia que estão sendo dispensada aos pacientes do programa.
O resultado da avaliação, que envolve profissionais da Fundação de Vigilância em Saúde, da Central de Medicamentos do Amazonas, do Hospital Getúlio Vargas e da própria Susam, irá embasar a tomada de decisão da secretaria sobre a continuidade da oferta das marcas que estão sendo usadas hoje.
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A mudança na marca das bolsas foi em cumprimento de decisão judicial, do final do ano passado em favor de uma ação do Ministério Público Estadual contra a exclusividade das bolsas compradas pelo Estado de uma única marca. Desde 2006, as bolsas eram compradas de um fornecedor, sem licitação.
Em fevereiro de 2019, a Susam realizou a licitação para aquisição de multimarcas, mas estas estão sendo rejeitadas por parte dos usuários. Eles alegam baixa qualidade das bolsas comprados por meio de licitação e querem voltar a receber a antiga marca.
“Entendemos que esta é uma situação delicada, que envolve muitos aspectos. De um lado a necessidade de dignidade aos pacientes ostomizados. De outro, essa questão legal que vem se arrastando há dois anos e culminou com a decisão de realizar a licitação. Por isso, esta gestão optou em fazer uma avaliação técnica mais apurada que irá embasar qualquer tomada de decisão”, disse o secretário Estadual de Saúde, Rodrigo Tobias.
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Cirurgias – Além de avaliar a qualidade das bolsas, o Governo do Amazonas anunciou que, ainda neste mês, irá ofertar cirurgias para pacientes ostomizados, dentre as quais a de reversão para centenas de pacientes que estão no programa, o que irá reduzir o quantitativo de pessoas que usam a bolsa.
Os procedimentos para reconstrução do trânsito intestinal serão realizados no Hospital Pronto Socorro da Zona Norte (Delphina Aziz). Conforme afirmou o governador Wilson Lima, o governo pretende zerar a fila por esse procedimento.
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“Nós estamos atualizando o nosso cadastro, porque existem pessoas que não têm idade para fazer a reconstrução do trânsito, outras já são usuários permanentes ou por risco cirúrgico ou por alguma impossibilidade”, afirma a coordenadora do CER III, a fisioterapeuta Gisele Eguchi.
Com a gestão do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) no HPS Zona Norte, haverá a abertura de duas salas de cirurgias. Uma das salas será destinada para as cirurgias eletivas de ostomizados, hérnia e vesícula, com uma média de cinco a seis cirurgias por dia, o que totaliza entre 150 e 180 procedimentos mensais, nos primeiros 60 dias. A partir do segundo semestre deste ano, o HPS Zona Norte funcionará 100% com 11 salas cirúrgicas.