Milhares de peixes foram encontrados mortos no Lago do Piranha, localizado em Manacapuru, a 68 quilômetros de Manaus, em um trágico episódio causado pela severa seca que afeta a região. Vídeos que circulam nas redes sociais revelam a extensão do desastre ambiental, com moradores relatando o impacto negativo que a situação tem gerado.
Além da preocupação com a saúde pública devido ao forte odor dos peixes em decomposição, os habitantes da área expressam inquietação com o possível comprometimento do acesso à água potável. Com a escassez hídrica e o aumento das temperaturas, a qualidade da água disponível para consumo está cada vez mais em risco. Atualmente, algumas famílias estão conseguindo água por meio de um sistema que capta e trata a água do lago.
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A seca histórica, que afeta amplamente o estado do Amazonas, é apontada como o principal fator para a mortandade dos peixes. O Lago do Piranha, situado na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Piranha, enfrenta uma queda drástica no nível de suas águas. Esse cenário extremo também é acompanhado por altas temperaturas, que afetam diretamente a sobrevivência dos peixes, devido à baixa oxigenação da água e à falta de espaço nas áreas onde os níveis de água se tornaram críticos.
Segundo a Defesa Civil de Manacapuru, o rio Solimões, que margeia a cidade, atingiu na última quarta-feira (11) um nível de 7 metros e 22 centímetros, o que representa uma queda de 4 metros e 92 centímetros em relação ao mesmo período do ano passado. Esse dado reforça a gravidade da seca atual, uma das mais severas já registradas na região.
Moradores da região relatam que o nível do Lago do Piranha caiu drasticamente nos últimos dias, e as altas temperaturas contribuem para o aumento da mortandade dos peixes. Em um dos vídeos compartilhados, peixes são vistos se debatendo em águas rasas, próximas a flutuantes, lutando pela sobrevivência em um ambiente cada vez mais adverso.