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‘A grande corrupção mata’, diz presidente da Transparência Internacional em Brasília

José Carlos Ugaz classificou a Operação Lava-Jato como um evento global de combate à corrupção.

  • Por AM POST

  • 29/06/2016 às 16:09

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Em mais um compromisso oficial pelo país, o presidente da Transparência Internacional, José Carlos Ugaz, se reuniu nesta terça com deputados que compõem a Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção do Congresso Nacional. No encontro com representantes de partidos como o PMDB, PSDB, PSB, PSOL, PPS e Rede, Ugaz classificou a Operação Lava-Jato como um exemplo de evento global anticorrupção, defendendo que ela vá até o fim das investigações.
— A grande corrupção mata, e nessa conjuntura do Brasil, podemos apontar a dinâmica do processo de corrupção que estamos vivendo. Nesse sentido, por exemplo, a internacionalização e o impacto da Operação Lava-Jato estão ultrapassando qualquer fronteira que se queira imaginar. As investigações têm que ir até o fim, caia quem caia. Ninguém está acima da lei — declarou o presidente da entidade.

Urgaz anunciou aos deputados a volta de uma representação física da entidade ao país e que está disposto a ajudar nas investigações da Lava-Jato. O presidente da entidade afirmou que o combate à corrupção deve ir além de questões políticas, citando o caso do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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— Cremos que o Brasil está sendo observado pelo mundo com sua capacidade de enfrentar um caso imenso de corrupção sistêmica e estrutural. Esse esforço não pode parar por conta de uma guerra política, como visto no caso do presidente da Câmara, que se vê em um grande caso de corrupção. Nós queremos apoiar esse esforço — afirmou Urgaz.

A reunião de Urgaz com os parlamentares foi em meio à demora das indicações dos partidos às vagas da comissão que discutirá as dez medidas de combate à corrupção, criada há cerca de duas semanas. Embora classifique a demora como estranha, o presidente da frente parlamentar que recebeu Urgaz, deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PV-SP), disse estar otimista com os resultados da comissão.

— Eu acho muito estranho haver essa dificuldade na Casa. Se os deputados escolheram ser funcionários públicos, devem encarar o bônus e o ônus. Nós podemos ser pessimistas no planejamento, mas otimistas na ação — declarou Thame.

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Esse foi o segundo dia de encontros com autoridades brasileiras do presidente da Transparência Internacional. Antes do encontro com os parlamentares, o presidente da Transparência Internacional também se reuniu com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na segunda, declarou apoio ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos relacionados à Operação Lava-Jato, e ofereceu ajuda da entidade.

Fonte: O Globo

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