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A Igreja Universal do Reino de Deus enfrenta uma série de acusações graves movidas por ex-obreiros, pastores e esposas de pastores que, em processos judiciais, relatam práticas como assédio moral, perseguição e até a proibição de gerar herdeiros. O escândalo envolve ainda a polêmica iniciativa denominada “Godllywood”, criada por Cristiane Cardoso, filha do líder da IURD, Edir Macedo.
De acordo com as denúncias, mulheres interessadas em participar do Godllywood precisam passar por uma “espécie de prova” conhecida como “Rush”. Durante esse processo, as candidatas são supostamente submetidas a tarefas e solicitadas a arrecadar valores para “demonstrar o quanto estão dispostas a integrar a iniciativa”. Uma vez aprovadas, as novas integrantes recebem a denominação de “Pledges” e são orientadas a chamar as esposas dos pastores de “Sisters”, estabelecendo uma suposta hierarquia entre as mulheres na Universal.
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Em um dos processos movidos no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), um ex-pastor acusa a Igreja Universal de tê-lo prometido a condução de uma igreja nos Estados Unidos sob a condição de realizar a vasectomia. Segundo o homem, a Universal prioriza pastores sem filhos, alegando que eles teriam condições de “dedicar-se inteiramente aos cultos e trabalhos de pregação e arrecadação”. A Universal, por sua vez, nega a imposição de vasectomia e responde às acusações por meio de nota.
Procurada pelo Metrópoles que divulgou o conteúdo jornalístico, a Igreja Universal do Reino de Deus esclareceu que a acusação de imposição de vasectomia é falsa, destacando que muitos bispos e pastores da Universal têm filhos. A instituição afirmou que estimula o planejamento familiar, respeitando as decisões individuais dos casais, conforme previsto na Constituição Federal. No comunicado, a Universal enfatiza que a vasectomia é uma escolha pessoal e privada, sem interferência da instituição.

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O escândalo coloca a Igreja Universal do Reino de Deus no centro de um debate sobre práticas controversas e levanta questões sobre o poder e controle exercidos dentro da instituição religiosa. O desdobramento desses processos judiciais promete lançar luz sobre os bastidores da IURD e suas alegadas práticas questionáveis.
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Redação AM POST