Um adolescente de 17 anos é suspeito de ter participado do planejamento do massacre na escola estadual Raul Brasil em Suzano (SP) ocorrido ontem (13). Segundo o delegado-geral, Ruy Ferraz Fontes, foi pedido nesta quinta-feira(14) a a apreensão dele mas a decisão é do Juízo da Infância e da Juventude e pode sair a qualquer momento.
— Existe outra pessoa que teria participado do planejamento mas não podemos dar mais informações — disse Fontes.
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O delegado explicou apenas que a atuação dele teria sido no planejamento da ação. O menor tem 17 anos, foi aluno da Raul Brasil e colega de classe de Guilherme Taucci Monteiro, um dos atiradores ao lado de Luiz Henrique de Castro. Ele já foi ouvido pela polícia.
O delegado-geral apontou Guilherme como o líder do grupo que premeditou o atentado. Ele disse que a polícia tem, por enquanto, indícios de que o massacre vinha sendo arquitetado desde novembro passado.
Horas antes, em depoimento à polícia de Suzano, Éder Alves, dono do estacionamento onde os atiradores guardavam o carro usado no crime, disse que, por vezes, os dois chegavam ao local juntamente com outro jovem. Segundo Alves, Guilherme e Luiz Henrique iam ao local acompanhados desse raapz e pediam para deixarem o carro estacionado na vaga mais ao fundo, distante da visão da guarita do estacionamento e da rua.
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— Eles me pediram para deixar o carro parado lá. Eu conhecia o Guilherme, porque ele já tinha ido várias vezes ao estacionamento quando trabalhava na locadora do tio, o Jorge. Eles deixavam carros estacionados com a gente às vezes – disse Eder, ao sair de depoimento na delegacia de Suzano.
Segundo o proprietário do estacionamento, os garotos chegaram pela primeira vez com o carro, um Ônix branco, no dia 21 de fevereiro. Até o dia 25, entraram e saíram algumas vezes com o veículo e acompanhados desse terceiro rapaz. Seria um rapaz jovem como eles, alto e magro, segundo Eder, que não soube confirmar se ele também era aluno da escola.
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— Eram sempre educados, e pagavam em dinheiro. O mais velho não sabia dirigir direito. Uma vez me ofereci para manobrar o carro e ajudar, mas não me deixaram – diz Eder.
O dono do estacionhamento diz que nunca entrou no carro. A chave não ficava no local. Do dia 25 ao dia 7 deste mês, os adolescentes deixaram o carro estacionado ali.
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Nesse período, Guilherme e Luiz Henrique iam ao estacionamento na maioria das vezes à tarde, sem o terceiro rapaz. Ficavam até a madrugada dentro do carro.