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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) anunciou, nesta segunda-feira (23/9), a declaração de situação crítica de escassez hídrica no trecho baixo do rio Tapajós, abrangendo os municípios de Itaituba e Santarém, no Pará. Essa medida, válida até 30 de novembro de 2024, é um marco inédito na bacia do Tapajós e reflete a gravidade da crise hídrica que afeta a região.
A decisão foi motivada pela severa seca prolongada que o Brasil enfrenta, caracterizada pela falta de chuvas, altas temperaturas e queimadas que têm devastado a vegetação nativa. De acordo com a ANA, foram registradas “anomalias negativas” na quantidade de chuvas, que estão significativamente abaixo da média histórica. Com a previsão de que a situação se agrave ainda mais nos próximos meses, especialmente em outubro e novembro, a preocupação com os recursos hídricos se torna ainda mais urgente.
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Esta não é a primeira vez que a ANA reconhece a escassez hídrica em bacias do país. Recentemente, a agência também declarou situação de escassez nas bacias do Alto Paraguai, Madeira e Purus, com validade até novembro deste ano. Essas ações refletem uma tendência alarmante em várias regiões do Brasil, onde a combinação de fatores climáticos adversos tem comprometido a disponibilidade de água.
Além da situação do Tapajós, a área técnica da ANA está atualmente avaliando a possibilidade de declarar escassez hídrica na bacia do rio Xingu, que percorre os estados de Mato Grosso e Pará. Essa potencial nova declaração evidenciaria a amplitude da crise hídrica que se espalha por diferentes bacias do país.