No domingo (4/8), o conhecido escritor e ex-satanista, Daniel Mastral, foi encontrado morto na Aldeia da Serra, em Barueri, São Paulo. A descoberta do corpo de Mastral trouxe à tona seu passado controverso e sua surpreendente conversão, revelada em detalhes durante uma entrevista ao canal Na Real, de Bruno Di Simone, no YouTube.
Mastral, que uma vez esteve profundamente envolvido com o satanismo, revelou na entrevista as razões que o levaram a abandonar a seita pagã. Ele compartilhou um episódio sombrio que foi um divisor de águas em sua vida. “Eu já tinha ouvido falar disso, mas eu nunca tinha visto. Eu nunca tinha presenciado, assim, ao vivo. Eu sou incapaz de matar um bicho, um animal, um passarinho. E eu ia ter que matar uma criança”, relembrou Mastral, referindo-se a um ritual perturbador que se recusou a cumprir.
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Essa experiência horrível foi apenas uma das muitas que moldaram sua decisão de deixar o satanismo. Mastral também recordou o impacto de seu relacionamento com uma namorada evangélica e uma experiência profunda na igreja dela. Durante uma visita à igreja, Mastral desmaiou no meio de um louvor, o que levou a namorada a marcar um encontro com o pastor da congregação.
“Eu fiz feitiço contra o líder religioso que faltou as reuniões umas três vezes”, contou Mastral. “E aí eu fui ao encontro [do pastor] cheio de orgulho, soberba, pensando: ‘O cara não vai vir’. Esperei duas horas, quando tô indo embora, o cara chega. A sensação que eu tinha é que eu não podia tocar nele, que se eu tocasse nele, eu caía.”
Esse encontro foi um ponto de virada na vida de Mastral. “Ele me chamou e falou: ‘Posso orar por você, rapidinho, uma oração? Coisa rápida’. Ele me levou no gabinete, fechou a porta e eu só lembro de uma mão vindo na minha direção. Ele orou por mim, eu caí e me debati. Foi tipo um exorcismo”, relatou Mastral.
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Anos mais tarde, Mastral reencontrou o pastor e descobriu que a oração “rapidinha” na verdade durou três horas, durante as quais ele passou por um exorcismo. Esse evento marcou profundamente sua vida e contribuiu para sua transformação e afastamento do satanismo.
O caso de Mastral foi registrado como suicídio. De acordo com a Polícia Civil, moradores que estavam próximo do local, ouviram um “estampido”, antes do corpo ser achado caído na mata, com um ferimento na cabeça.