- (Foto: Divulgação)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve participar das comemorações do Dia do Trabalhador no próximo 1º de Maio. Ao contrário dos dois anos anteriores, quando subiu ao palanque em eventos organizados pelas centrais sindicais em São Paulo, o petista ficará de fora da agenda neste ano.
Fontes do Palácio do Planalto atribuem a ausência à falta de unidade entre as centrais sindicais, que optaram por organizar atos separados. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), historicamente próxima ao presidente, decidiu não integrar o evento promovido por outras entidades sindicais no Campo de Bagatelle, na zona norte da capital paulista. O motivo seria a discordância sobre estratégias para atrair público, como o uso de sorteios de brindes.
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Além disso, um segundo ato será realizado por centrais menores em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista – cidade-símbolo da trajetória política de Lula, onde presidiu o Sindicato dos Metalúrgicos nos anos 1970. Com compromissos internacionais já agendados e uma agenda nacional intensa, o presidente não conseguiria comparecer aos dois eventos.
A ausência ocorre após o desgaste provocado pelo evento de 2024, quando Lula subiu ao palco em Itaquera, na zona leste de São Paulo, para apoiar a pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL). Na ocasião, o baixo comparecimento do público rendeu críticas internas ao secretário-geral da Presidência, Márcio Macêdo, e culminou até em multa aplicada pelo TSE por campanha antecipada.
Atualmente, Lula está em Roma para uma cerimônia em homenagem ao Papa Francisco e já tem viagens previstas para a China e a Rússia entre os dias 8 e 13 de maio. Neste mês de abril, ele também intensificou agendas internas, visitando estados como Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, numa tentativa de recuperar popularidade em queda.