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Em uma entrevista polêmica ao programa Uol News, o deputado Marcus Santos, representante do partido Chega no Parlamento português, levantou questões sobre a existência do chamado ‘racismo reverso’. O político brasileiro, eleito pela direita em Portugal, trouxe à tona a discussão sobre o uso do termo durante a conversa que ocorreu nesta segunda-feira (11).
Durante o debate sobre o racismo, Santos, que é um homem negro, defendeu a utilização do termo de acordo com seu significado literal. “Se você for [ler] no dicionário, não diz que racismo é simplesmente se uma pessoa for branca e insultar uma pessoa preta. Não. Racismo é quando você tem aversão pela outra pessoa pelo tom da pele. Então, existe racismo de branco para branco, de preto para preto”, declarou.
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Em uma tentativa de contextualizar sua posição, o deputado argumentou que a escravidão não foi motivada pela cor da pele, mas sim por razões culturais. Citando dados históricos, ele afirmou que os brancos também foram escravizados, contradizendo a narrativa predominante.
“Eu discordo. Os brancos foram escravizados. Os negros foram escravizados pelos próprios negros. Os portugueses, quando eles iam na África, eles não iam na mata, eles não corriam no mato para ir atrás de um negro. Eles compravam os negros dos próprios negros. Por isso, o racismo nunca foi por conta da pele”, enfatizou.
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A postura do deputado, que se contrapôs ao pensamento hegemônico da esquerda e extrema esquerda sobre a questão racial, levou o apresentador Diego Sarza a encerrar abruptamente a entrevista. “Desculpa, eu vou te interromper porque o senhor está tentando reescrever a história. Agradeço ao senhor pela participação aqui conosco”, concluiu Sarza, deixando claro seu desacordo com as declarações do político.
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A atitude de Santos repercutiu nas redes sociais, gerando intensos debates sobre o conceito de ‘racismo reverso’ e as interpretações históricas apresentadas pelo deputado