- Foto: © Joédson Alves/Agência Brasil
Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (14) revelou que apenas 24% dos entrevistados consideram o terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ótimo ou bom. Por outro lado, 41% avaliaram a atual gestão como ruim ou péssima. O número é o pior registrado pelo instituto de pesquisa em todos os mandatos do petista como presidente da República.
O levantamento, realizado entre os dias 10 e 11 de fevereiro, ouviu 2.007 mil eleitores em 113 cidades brasileiras. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O número de pessoas que consideram o governo regular foi de 32%.
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A comparação com a pesquisa anterior, divulgada em dezembro de 2024, mostra uma queda significativa na aprovação do presidente. No levantamento anterior, 35% dos entrevistados avaliavam o governo de forma positiva, enquanto 34% o classificavam como ruim ou péssimo. Isso demonstra uma piora no humor da população em relação ao governo federal.
Motivos para a queda
A queda na popularidade de Lula ocorre em um momento de forte desgaste político. Entre os fatores que contribuíram para o resultado, está a recente normativa da Receita Federal sobre a ampliação da fiscalização de transferências via Pix. A medida foi amplamente criticada por setores da sociedade, que a interpretaram como uma interferência no uso do meio de pagamento digital.
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Outro ponto que gerou polêmica foi a menção de Lula à possibilidade de mudanças na data de validade dos alimentos. A proposta, originalmente defendida pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), sugere substituir a data de vencimento tradicional por uma indicação de consumo preferencial, conhecida como “best before”. A ideia gerou receio entre consumidores, que temem o risco de ingerir produtos em condições inadequadas.
Diante desse cenário, o governo Lula enfrenta o desafio de reverter a tendência de queda na popularidade e recuperar a confiança de parte da população. A forma como o governo lidará com as críticas e conduzirá sua agenda nos próximos meses será determinante para os índices de aprovação do presidente.