Um vídeo que circula nas redes sociais desde a última sexta-feira (24) mostra um episódio tenso entre um médico psiquiatra e a mãe de uma criança com transtorno do espectro autista (TEA), ocorrido em uma clínica particular de Belém, no Pará. As imagens, gravadas por um paciente que aguardava na sala de espera, registram uma discussão acalorada e geraram um debate acirrado sobre a conduta de profissionais de saúde no atendimento a pacientes com necessidades especiais.
O vídeo, que rapidamente se espalhou pelas plataformas de mídia social, mostra a criança chorando enquanto o médico discute com a mãe, alegando que foi atingido por uma massa de modelar arremessada pelo menino. “Não vou atender seu filho, você não segura ele. Escute, eu já vi o ‘tipo’ dele, então ele não precisa estar presente na sala pra eu fazer o atendimento nele. Eu to lhe oferecendo isso!”, declarou o psiquiatra, em uma atitude que foi considerada insensível pela mulher.
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Desesperada, a mãe tentou argumentar com o médico, explicando que não podia “amarrar” seu filho para conseguir participar da consulta e que estava ali justamente para obter uma avaliação médica para o caso dele. No entanto, suas súplicas foram ignoradas pelo profissional, que continuou a segurar a porta, impedindo o acesso da criança ao consultório.
“Olha o seu jeito de deboche comigo, eu vou procurar meus direitos. O senhor é grosso e não tem sensibilidade, destratou meu filho e disse que ele é uma ameaça. Você precisa ser humano com as pessoas, pois todos que estão aqui necessitam de ajuda”, afirmou ela, visivelmente revoltada.
Um psiquiatra foi flagrado, nesta sexta-feira, 24, destratando uma criança com transtorno do espectro autista (TEA) durante uma consulta em um edifício comercial, no centro de Belém. pic.twitter.com/0v8AiX7lT7
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— AM POST (@portalampost) May 25, 2024
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A cena culminou com a mãe chorando na frente dos outros pacientes e, eventualmente, deixando a clínica sem que seu filho recebesse o atendimento necessário. A repercussão do vídeo nas redes sociais foi imediata, com muitas pessoas expressando indignação e exigindo ações das autoridades de saúde.
Em nota a Unimed Belém informou que vai instaurar procedimento interno contra o psiquiatra. O Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará também informou que tomou conhecimento da conduta do médico e que irá adotar todas as medidas cabíveis que o caso requer.
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*Com informações do G1