
Foto: Marcelo Camargo
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta quinta-feira, 14, que o Congresso Nacional tem um prazo de 18 meses para regulamentar a licença-paternidade. Caso o prazo não seja cumprido, os ministros irão revisitar o processo para estabelecer as diretrizes que serão aplicadas até a criação de uma lei.
“Aqui está em questão exatamente os cuidados com as crianças. A licença-paternidade tem esse sentido maior, de proteção à família”, defendeu o ministro Edson Fachin.
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Os ministros concluíram que deputados e senadores foram omissos no assunto. Atualmente, a licença-paternidade é regulamentada por uma regra temporária estipulada na Constituição, que concede cinco dias de afastamento remunerado aos pais.
A decisão é resultado de um recuo do STF. Inicialmente, os ministros discutiram parâmetros de transição, como o prazo da licença, que entrariam em vigor até a aprovação de uma lei pelo Congresso. Uma das propostas era equiparar a licença-paternidade à licença-maternidade, que é de 120 dias.
Entretanto, prevaleceu uma abordagem mais cautelosa. A principal preocupação dos ministros foi equilibrar o direito com os impactos no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
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Embora o processo tenha sido inicialmente incluído na votação do plenário virtual, o ministro Luís Roberto Barroso solicitou a transferência do julgamento para o plenário físico.
Os ministros também ressaltaram que a decisão é crucial para igualar o tratamento oferecido a homens e mulheres no mercado de trabalho.
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Estadão Conteúdo