Na manhã desta quinta-feira, 14 de novembro, a Polícia Civil retirou o corpo de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, da Praça dos Três Poderes, em Brasília, onde ele morreu na noite anterior após detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O incidente aconteceu por volta das 19h30 de quarta-feira (13) e deixou a capital em alerta. O corpo de Francisco ficou na praça por cerca de 13 horas, enquanto equipes de perícia e de segurança trabalhavam na investigação e na contenção dos riscos de outros possíveis artefatos explosivos.
A operação de segurança foi coordenada por diversos órgãos, com destaque para o esquadrão antibombas da Polícia Militar (PM) do Distrito Federal, que realizou uma varredura no local ainda durante a madrugada. Durante a inspeção, os policiais encontraram mais três dispositivos explosivos, que foram desativados para garantir a segurança dos agentes e do público. Após a desativação, o local foi liberado às 7h da manhã para a continuidade da perícia, permitindo que o corpo de Francisco fosse retirado.
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Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, era natural de Rio do Sul, Santa Catarina, e foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) nas eleições de 2020. Ele havia se mudado recentemente para Brasília, onde estava hospedado em uma casa em Ceilândia, região administrativa a cerca de 30 quilômetros do centro da cidade. A Polícia Militar informou que, durante a operação de segurança, foram encontrados mais artefatos explosivos na residência de Francisco, e a área ainda passava por varreduras no momento da retirada de seu corpo. O trabalho de segurança e investigação continuava para garantir que não houvesse outros dispositivos que pudessem representar riscos para os moradores da região ou para os agentes envolvidos.
A Polícia Federal (PF) assumiu a responsabilidade pela investigação do caso, que segue em sigilo. Um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias do atentado, as motivações de Francisco e se ele agiu sozinho ou havia algum tipo de planejamento mais complexo por trás do ato. De acordo com as primeiras informações, Francisco foi visto em câmeras de segurança do STF jogando artefatos explosivos em direção à escultura “A Justiça”, que fica em frente ao prédio da Corte. Em seguida, ele acendeu outro artefato no próprio corpo, causando a explosão que resultou em sua morte. Momentos antes, um carro registrado em nome de Francisco havia explodido em um estacionamento próximo ao Anexo IV da Câmara dos Deputados, o que gerou ainda mais tensão na área.