A presidente Dilma Rousseff cancelou viagem que faria à Grécia este mês para acompanhar a cerimônia de acendimento da tocha dos Jogos Olímpicos Rio 2016 na cidade de Olímpia, informou o Comitê Olímpico da Grécia nesta sexta-feira (8), em meio à tramitação do processo de impeachment no Congresso Nacional.
A cerimônia realizada no local de origem dos Jogos Olímpicos da Grécia antiga tradicionalmente marca a contagem regressiva para a maior competição multiesportiva do mundo. O evento dá início ao revezamento da tocha olímpica até a cerimônia de abertura da Olimpíada.
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“A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cancelou sua presença no evento, de acordo com informação fornecida ao Comitê Olímpico Helênico pela embaixada do Brasil”, disse o comitê grego.
Estava previsto que Dilma comparecesse ao evento em Olímpia em 21 de abril ao lado do presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, e do chefe do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.
O Palácio do Planalto confirmou à Reuters que Dilma não viajará à Grécia, mas disse que a visita da presidente nunca esteve confirmada uma vez que a cerimônia de acendimento da tocha acontece no meio de dois eventos da ONU em Nova York com presença prevista da presidente, uma sessão especial da Assembleia-Geral da ONU sobre drogas e a assinatura do acordo de Paris sobre as mudanças do clima, nos dias 19 e 22 de abril.
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A cerimônia vai ocorrer dias após a data prevista para a votação do impeachment de Dilma pelo plenário da Câmara dos Deputados, em 17 de abril. Se for aprovado, o processo será encaminhado ao Senado.
A assessoria de imprensa do Comitê Olímpico Helênico informou que não tem a confirmação se algum outro representante do governo brasileiro se fará presente no evento em Olímpia.
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Depois de ser acesa na Grécia em 21 de abril, a tocha olímpica irá para a Suíça, onde fica a sede do Comitê Olímpico Internacional (COI). No dia 5 de maio, chegará à Brasília para o início do revezamento no país. Está prevista a passagem pelo Palácio do Planalto.