A Justiça Federal determinou que a presidente da República, Dilma Rousseff, e outras testemunhas detentoras de foro privilegiado se manifestem, até o dia 5 de fevereiro, em uma das ações penais da Operação Zelotes. A data coincide com a previsão da Justiça para concluir as oitivas de noventa testemunhas listadas pelos dezesseis réus.
Dilma foi arrolada como testemunha de defesa do lobista Alexandre Paes dos Santos, um dos presos pela Polícia Federal. A presidente possui a prerrogativa de responder por escrito ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, e não deve comparecer à sede da Justiça, em Brasília.
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Ela também pode enviar uma carta informando que não tem nada a declarar. Além de Dilma, foram listados o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), e os senadores José Agripino (DEM-RN), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Walter Pinheiro (PT-BA) e Humberto Costa (PT-PE), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e os deputados Alexandre Baldy (PSDB-GO), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e o prefeito de Catalão (GO), Jardel Sebba (PSDB).
Todos serão notificados para agendar com o juiz os depoimentos, que podem ocorrer nos respectivos gabinetes, conforme artigo 221 do Código de Processo Penal. Não há nenhuma punição caso o calendário estabelecido pelo magistrado não seja cumprido.