O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou, nesta quinta-feira (5), a denúncia do Ministério Público (MPSP) contra Natalia Becker, proprietária de uma clínica de estética na capital paulista. Becker agora enfrenta a acusação de homicídio com dolo eventual, em um caso que trouxe grande comoção à cidade.
O caso remonta ao início de junho, quando o empresário Henrique Chagas, de 27 anos, morreu após se submeter a um peeling de fenol no Studio Natalia Becker, localizado na zona sul de São Paulo. O procedimento, que visava aliviar marcas de acne no rosto de Chagas, resultou em complicações graves que levaram à sua morte.
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Segundo a denúncia do Ministério Público, Natalia Becker assumiu o risco de causar a morte ao realizar o procedimento estético. O homicídio com dolo eventual é caracterizado por situações em que o autor assume o risco de matar, mesmo sem a intenção direta de fazê-lo. No caso de Becker, o MPSP alega que a esteticista agiu “por motivo torpe,” uma classificação que envolve a prática de um crime de forma cruel ou desumana.
Henrique Chagas pagou R$ 5 mil pelo procedimento, conforme informado durante a investigação. Pouco após a realização do peeling, ele começou a sentir-se mal e relatou dores intensas ao seu companheiro, Marcelo Camargo. O Boletim de Ocorrência documenta o sofrimento de Chagas e o pedido de socorro às equipes do Samu, que, apesar dos esforços para reanimá-lo, não conseguiram salvar sua vida.
A denúncia também é respaldada pelo indiciamento prévio de Becker pela Polícia Civil, que já havia concluído que o procedimento estético foi realizado em condições que representavam risco significativo para a vida do paciente.
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Agora, Natalia Becker se prepara para enfrentar o julgamento do caso.
Redação AM POST