O médico oncologista, Dráuzio Varella, se pronunciou em nota após repercussão da entrevista feita com uma transexual chamada Suzy no programa Fantástico e ter abafado os delitos da mesma.
Em nota ele diz que a mais de 30 anos frequenta presídios, tratando igualmente detentos e detentas. “Em todos os lugares em que pratico a medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado”, escreveu.
PUBLICIDADE
Ele afirma que essa conduta é seguida para garantir que o julgamento pessoal não o impeça de cumprir o juramento que ele fez ao tornar-se médico.
“No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (01/03), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz”, finaliza.
Leia a nota na íntegra:
PUBLICIDADE
Há mais de 30 anos, frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado. Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na televisão, sigo os meus princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (01/03), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz.
PUBLICIDADE
— Mariana Varella (@marivarella) March 8, 2020
PUBLICIDADE
Crime
A transexual Suzy de Oliveira, uma das personagens da matéria do doutor Drauzio Varella no Fantástico do domingo passado (01/03), foi condenada por estuprar e estrangular um garoto de 9 anos. Ela teria deixado o corpo da criança apodrecer em sua sala por 48 horas. As informações são do site O Antagonista.
Juízes criminais levantaram a ficha de Suzy de Oliveira, que tem como nome de batismo Rafael Tadeu de Oliveira dos Santos. A transsexual está presa desde 2010. Atualmente, ela cumpre pena na penitenciária localizada na cidade de Guarulhos, em São Paulo.
Segundo o processo, Suzy praticou “atos libidinosos consistentes em sexo oral e sexo anal com o menor Fábio dos Santos Lemos, que à época contava com apenas 9 anos de idade”.
Em sua sentença de maior condenação, a criminosa “matou e o ofendeu mediante meio cruel, consistente em asfixia, se valendo de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, haja vista tratar-se de criança, com mínima capacidade de resistência”.
Renegada
Na reportagem do Fantástico, Suzy afirmou que não recebia visita na cadeia havia oito anos. A solidão, segundo relato da detenta, ocorria por conta de sua transição de gênero e sexualidade. Comovido com o depoimento, Drauzio Varella a abraçou. O motivo de a família não visitá-la, contudo, teria ligação com a crueldade do crime cometido, informa O Antagonista.
Na sentença, uma tia da transexual disse que Suzy teria contado aos familiares sobre o estupro de uma criança em São Paulo.
“Entrou na casa para roubar, subiu as escadas e a criança estava no quarto deitada, não sei bem como ele entrou, fechou a boca da criança. Ele contou tudo, normal como eu estou te contando”, disse a tia para o juiz do caso.
Veja a íntegra do processo contra Suzy:
Clique aqui para ter acesso ao processo de Suzy