Um empresário de 43 anos foi preso em flagrante em Boa Vista, Roraima, com 159 kg de skunk, droga que ele traficava, segundo alegou à polícia, para cobrir dívidas contraídas durante a pandemia. A operação, realizada pela Polícia Civil, encontrou os entorpecentes distribuídos em 154 tabletes, embalados em sacos de fibra e transportados em uma caminhonete do suspeito.
A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) havia iniciado a investigação após receber informações sobre o envolvimento do empresário, que atua no setor de transportes, em atividades de tráfico de drogas em grande escala na região. O suspeito confessou o crime durante a prisão, explicando que entrou no tráfico devido às dificuldades financeiras causadas pela pandemia.
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As investigações revelaram que ele tinha ligações com um grupo de traficantes que utilizava aeronaves para transportar drogas da Guiana até Roraima, em uma operação conhecida como “modal aéreo”. Pistas clandestinas no território guianense eram usadas para pousos, e, em seguida, o transporte das drogas para o Brasil ocorria por rotas terrestres.
Ainda segundo a Polícia Civil, pessoas próximas ao empresário, incluindo um primo, haviam sido recentemente presas na Guiana em um caso semelhante, o que reforçou as suspeitas sobre o envolvimento do empresário em um esquema de tráfico transnacional.
Após receber informações sobre a presença de drogas na residência do suspeito, a polícia realizou uma abordagem na casa dele. O empresário já estava sendo monitorado há pelo menos 15 dias, com apoio do Departamento de Narcóticos (Denarc).
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O caso traz à tona o impacto econômico da pandemia, que, segundo o relato do empresário, o levou a buscar alternativas ilegais para quitar suas dívidas. Ele permanece sob custódia, e as investigações prosseguem para desmantelar a rede de tráfico envolvida.
As autoridades seguem rastreando possíveis conexões com outros suspeitos e a origem das drogas, enquanto a Polícia Civil intensifica as ações para combater o tráfico na região de Roraima e em áreas próximas à fronteira com a Guiana.
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Redação AM POST