- Foto: Reprodução
Redação AM POST*
“Petrolão” é um esquema bilionário de corrupção na Petrobras, ocorrido durante o governo Lula e Dilma, que envolvia cobrança de propina das empreiteiras, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e superfaturamentos de obras contratadas para abastecer os cofres de partidos, funcionários da estatal e políticos. Esse esquema foi alvo de investigações da Polícia Federal por meio da operação “Lava Jato”, que teve várias fases.
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De acordo com o laudo de perícia criminal anexado pela Polícia Federal (PF) em um dos processos da operação, o prejuízo causado pelas irregularidades na Petrobras descobertas pela Operação Lava Jato pode chegar à casa dos R$ 42,8 bilhões.
Segundo a PF funcionários da Petrobras cobravam propina das empreiteiras, contratada pra realizar grandes obras, para fechar contratos superfaturados com a estatal. As diretorias, envolvidas no recebimento de propinas para facilitar obras superfaturadas para empreiteiras, eram: Abastecimento (diretor, Paulo Roberto Costa e o gerente, Pedro Barusco), Engenharia e Serviços (diretor: Renato Duque), Internacional (diretores: Nestor Cerveró e Jorge Zelada).
De acordo com investigação, a Petrobras pagava para as empreiteiras, nas obras contratadas, um valor muito acima do valor de mercado. Conforme o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, os contratos eram superfaturados, em média, em 3%. Por exemplo, numa obra contratada pela Diretoria de Abastecimento, orçada inicialmente em 1 bilhão (valor de mercado), a Petrobras pagava 1 bilhão e 30 milhões para empreiteira. Desse sobre preço de 30 milhões pagos a mais pela Petrobras, 20 milhões ficava com o PT, e os 10 milhões restantes eram destinados ao PP, ao diretor da estatal e ao operador responsável pela distribuição do dinheiro.
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As principais obras suspeitas de superfaturamento são: Refinaria Abreu e Lima (PR), Comperj (Rj), Refinaria Presidente Getúlio Vargas (RP) e Pasadena (Texas, EUA).
Os operadores eram os intermediários responsáveis pela distribuição de propina das empreiteiras para os diretores da Petrobras que facilitavam os contratos superfaturados com elas. Uma parte do dinheiro roubado era doada pelas empreiteiras para partidos políticos nas suas campanhas eleitorais, outra era desviada para contas no exterior e o restante era desviado por meio de compra de bens e reformas de imóveis para políticos, como é o caso da acusação de reformas pagas pela OAS e pela Odebretch de um Triplex e de um sítio, supostamente pertencentes ao ex-presidente Lula (PT).
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O petista foi acusado de ocultar o patrimônio, um tríplex no Guarujá(SP) e um sítio em Atibaia(SP). A reforma do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia teriam sido pagos pela empreiteira OAS e Odebrecht, envolvidas no “Petrolão“.
O fato pitoresco é que Lula também foi acusado de comprar, supostamente com dinheiro público, pedalinhos para o sítio que foram apelidados com os nomes de seus netinhos.
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Delação
O ex-ministro Antonio Palocci disse em delação para a força-tarefa da Lava-Jato que a ex-presidente Dilma Rousseff e Lula tinham total conhecimento da existência do petrolão.
Palocci conta que participou de uma reunião no Palácio da Alvorada, em 2010, com a então candidata petista e o então presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, em que Lula expôs abertamente os planos de usar as engrenagens do petrolão para financiar a campanha de Dilma ao Planalto.
*Com informações do Infomoney