- Foto: Reprodução
A escola de samba paulista “Vai-Vai” se tornou o centro de uma das principais polêmicas do Carnaval de 2024 após retratar policiais militares como demônios no desfile no Sambódromo do Anhembi, no último sábado (10/2). A agremiação foi autorizada pelo Ministério da Cultura a captar, através da Lei Rouanet, um montante mínimo de R$ 2,1 milhões para financiar seu desfile deste ano. No entanto, a escola afirmou que não utilizou recursos provenientes da Lei Rouanet em seu desfile.
A autorização do Ministério da Cultura foi concedida em julho de 2023, estabelecendo inicialmente o prazo para a captação de recursos até 31 de dezembro do mesmo ano. Entretanto, o governo Lula decidiu prorrogar o prazo até abril de 2024.
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Apesar de ter obtido a autorização do governo federal, a Vai-Vai informou, em comunicado à imprensa, que não utilizou os recursos da Lei Rouanet em seu desfile de 2024. De acordo com a assessoria de imprensa da escola de samba, isso ocorreu porque a agremiação não foi capaz de arrecadar o mínimo exigido pela lei, que corresponde a 20% do montante autorizado pelo governo.
Caso a Vai-Vai consiga arrecadar o mínimo exigido até abril de 2024, conforme estabelecido no novo prazo prorrogado pelo Ministério da Cultura, os recursos serão utilizados pela escola somente no Carnaval de 2025. Dessa forma, a agremiação terá mais tempo para captar os recursos necessários e cumprir as exigências da Lei Rouanet.
O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) e o deputado estadual Dani Alonso, enviaram ofícios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e ao prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, cobrando que os dois adotem medidas para punir a escola de samba Vai-Vai por conta do desfile. Os parlamentares querem que a agremiação seja impedida de receber recursos púbicos tanto da prefeitura como do Estado no próximo ano.
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“Proponho que a escola de samba Vai-Vai seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada. Tal medida não apenas servirá de punição apropriada, mas também como um claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso estado”, diz ofício para Tarcísio de Freitas. O mesmo pedido foi enviado a Nunes.