Redação AM POST*
Manifestações, em Pacaraima (distante 215 km de Boa Vista), cidade ao Norte de Roraima na fronteira com a Venezuela já estão no quarto dia seguido e ocorrem desde que uma adolescente venezuelana, de 15 anos, foi estuprada por um homem, também venezuelano, de 24 anos. Ele foi detido pela Polícia Militar e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na audiência de custódia. A cidade é a principal porta de entrada dos venezuelanos no Brasil.
PUBLICIDADE
Moradores fecharam a BR-174 e continuam as manifestações nesta segunda-feira (10), em cobrança ao governo contra a violência. O bloqueio, na entrada da cidade, é feito com pneus, troncos de árvores e tem o apoio de índios da Terra Indígena de São Marcos. Em todos os pontos há aglomeração de moradores. Pela manhã, as três ruas principais que dão acesso a Pacaraima amanheceram fechadas. Até o comércio foi afetado e comerciantes não abriram os estabelecimentos.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os moradores se recusavam a liberar a via e jogaram pedras contra os policiais. Houve confronto e os agentes lançaram bombas de efeito moral e dispararam balas de borracha contra os manifestantes. Na confusão, um morador foi detido levado à delegacia da Polícia Federal.
Em reunião do prefeito da cidade, Juliano Torquato (PRB), com líderes indígenas, vereadores e deputados da Assembleia Legislativa ficou definido que será pedido ao governo do estado que aumente o efetivo da PM e que seja instalada uma nova delegacia da Polícia Civil.
PUBLICIDADE
“Buscamos uma resposta do governo federal para que possamos acolher a migração. Nossa esperança é que o governo federal traga os representantes e não trabalhe só a Operação Acolhida, mas também nossa sociedade local que tanto vem sofrendo”, disse o prefeito.
*Com informações do G1