O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez fortes declarações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes durante seu discurso no ato do 7 de Setembro, realizado na Avenida Paulista neste sábado (7). Em sua fala, Bolsonaro referiu-se a Moraes como um “ditador” e afirmou que o ministro faz mais mal ao país do que o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro atacou o ministro em diversos momentos, acusando-o de conduzir as eleições de 2022 de maneira parcial. Ele voltou a questionar o resultado das urnas, apesar de já ter sido declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ex-presidente reforçou sua demanda pelo impeachment de Moraes e pediu que o Senado intervenha no que considera abusos do magistrado.
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“Temos tudo para sermos uma grande nação, mas devemos botar freio através dos dispositivos constitucionais naqueles que rompem o limite das quatro linhas da nossa Constituição. Que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”, disse.
O ex-presidente também defendeu os manifestantes que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, durante os atos do 8 de Janeiro, que ele classificou como um momento de “catarse”. Bolsonaro rejeitou a narrativa de que houve uma tentativa de golpe de estado e lamentou as prisões que ocorreram após os atos violentos.
“Aquilo jamais foi um golpe de estado. Eu lamento por essas pessoas presas. Hoje, nós temos órfãos de pais vivos no Brasil. Nós temos que, através de uma anistia, beneficiar essas pessoas que foram injustamente condenadas”, declarou Bolsonaro, destacando que somente com essa anistia seria possível “sonhar com a pacificação do Brasil”.
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Bolsonaro também falou sobre a transição de governo e disse que jamais passaria a faixa presidencial para Lula.
“A gente estava atrapalhando o sistema. Sou o ex mais amado do Brasil. Mas esse divórcio não foi feito pelo povo brasileiro. Incomodava o sistema porque eles não estavam roubando mais. (…) Disseram que eu tinha que passar a faixa para aquele lá. Eu não passo a faixa para ladrão”, completou o ex-presidente.