A deputada federal Flordelis está sendo acusada de coagir o filho adotivo Lucas dos Santos na cadeia pública Tiago Teles de Castro Domingues, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro De acordo com um registro de ocorrência feita no dia 24 de março, uma testemunha afirma que a parlamentar levou comida para o filho, mas foi impedida por determinação judicial.
O advogado Angelo Máximo, que representa a família do pastor Anderson do Carmo, marido de Flordelis que foi executado em junho de 2019, afirma que ela tentou envenenar o filho. Ele disse que ela usou o mesmo método para tentar matar o marido.
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A comida passaria por perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, mas o advogado ainda não sabe o resultado porque o inquérito corre em segredo de Justiça. Máximo também acusou Flordelis de tentar manipular Lucas diversas vezes sobre o caso.
Em entrevista ao SBT Rio, desta terça-feira (19), Flordelis disse que as acusações são absurdas e que nada disso procede. Ela disse que não recebeu nenhuma notificação de que não poderia visitar Lucas. A parlamentar disse que estava preocupada com a situação dos filhos diante da pandemia do coronavírus.
– As investigações ainda não foram concluídas. Não vejo meus filhos há 11 meses e fui levar alimento e roupas para os meus filhos que é um direito do preso e é uma preocupação de mãe. Fui impedida por uma moça chamada Rejane que me humilhou na frente dos familiares de outros presos. Não quis criar nenhum desconforto que poderia prejudicar meu filho lá dentro. Quero que tudo seja esclarecido para que eu tenha paz – disse Flordelis, que ressaltou que não tentou ver os filhos e apenas foi levar alimento para eles.
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O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho do ano passado, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro.