- Foto: Reprodução
Redação AM POST*
Um menino de 11 anos, residente de Urubici, na Serra de Santa Catarina, morreu de hantavirose, após ser mordido por um rato silvestre, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde nessa terça-feira (20). A fatalidade aconteceu no dia 7 de setembro, a criança morava em uma área rural do município.
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A Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) esclareceu não se tratar de um caso isolado, havendo registro de aumento do número de roedores silvestres que podem estar com o vírus naquela região. A infecção em humanos, no Brasil, se apresentam na forma da Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus.
“Estamos em alerta, tanto em relação à infestação, quanto aos casos. Antes mesmo do óbito acontecer, já estávamos em alerta por conta da proliferação de ratos silvestres. Os médicos também foram capacitados para identificar os casos de hantavírus, porque os sintomas costumam ser bem parecidos com outras doenças”, disse o Secretário de Saúde do município, Diogo Gondim Blumer.
Os hantavírus possuem como reservatórios naturais alguns roedores silvestres, que podem eliminar o vírus pela urina, saliva e fezes. Os roedores podem carregar o vírus por toda a vida sem adoecer. A hantavirose é causada por um vírus RNA, pertencente à família Bunyaviridae, gênero Hantavirus.
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Normalmente, os humanos inalam as partículas do vírus suspensas no ar, e cerca de duas semanas após o contato, os sintomas começam a aparecer. No entanto, o período de incubação pode ir de um a cinco semanas, com variação de três a 60 dias.
Os principais sintomas, no início da doença, são: febre, diarreia, náusea e vômito, dor de cabeça, dor no corpo, dor abdominal, tosse seca. Os sintomas podem evoluir para falta de ar intensa, cansaço, pressão baixa e sonolência. Nestes casos, o risco de morrer pela doença é alto.