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Governo reconhece negligência com ossadas de vala usada na ditadura

Um novo acordo de cooperação foi assinado entre o Ministério dos Direitos Humanos e a Unifesp.

Por michael

25/03/2025 às 15:58

Notícias do Brasil Em um evento marcado pela emoção, o Ministério dos Direitos Humanos, sob a liderança da ministra Macaé Evaristo, realizou uma cerimônia no Cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo, pedindo desculpas aos familiares dos desaparecidos políticos da ditadura militar no Brasil (1964-1985). A cerimônia, simbolizando um momento de reconhecimento e reconciliação, destacou a negligência do Estado na identificação das ossadas encontradas em uma vala clandestina na década de 1970, utilizada para ocultar os corpos de indigentes e, principalmente, opositores do regime militar.

Inicialmente descobertas em setembro de 1990, as ossadas foram levadas para análise nas universidades de Campinas (Unicamp) e Minas Gerais (UFMG). Contudo, denúncias sobre condições inadequadas de armazenamento fizeram com que os restos mortais fossem posteriormente realocados para melhores instalações, numa tentativa de salvaguardar a integridade das provas que poderiam possibilitar a identificação das vítimas.
O Instituto Médico Legal de São Paulo e, eventualmente, o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Unifesp assumiram a custódia das ossadas, onde técnicas modernas de análise foram empregadas para tratar e identificar os restos humanos.

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Os Resultados e Seus Impactos nas Famílias

Após décadas de esforços contínuos e a implementação de métodos científicos avançados, como a análise de DNA, o número de identificações se manteve lamentavelmente baixo. Dos mais de mil conjuntos de ossos, apenas cinco desaparecidos políticos foram identificados e seus restos mortais, finalmente, entregues a suas famílias, trazendo um misto de alívio e dor. Entre os identificados estão Dênis Casemiro, Frederico Eduardo Mayr, Flávio Carvalho Molina, Dimas Antônio Casemiro e Aluísio Palhano Pedreira Ferreira.

O atual governo ressaltou o compromisso com a verdade e a justiça, reconhecendo a dívida histórica do Estado para com as vítimas da ditadura e seus familiares. Em um esforço para retomar e aprofundar as investigações, um novo acordo de cooperação foi assinado entre o Ministério dos Direitos Humanos, a Unifesp e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, com financiamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Com este reconhecimento oficial e o pedido de desculpas, inicia-se um novo capítulo na luta pela memória, verdade e justiça. A histórica declaração da ministra destacou a obrigação do Estado em proteger e garantir os direitos humanos, conduzindo investigações eficazes e assegurando devidas reparações para as vítimas.

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O caminho é longo e desafiador, mas com a continuação dos esforços de identificação e a manutenção do diálogo aberto com as famílias das vítimas, avança-se na direção de curar as profundas feridas deixadas por um dos períodos mais sombrios da história brasileira.

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Nay Potarcio

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