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Homem preso com dinheiro na cueca recebeu quase R$ 25 milhões do governo Lula

Durante a detenção, Lima foi encontrado com R$ 500 mil escondidos na cueca.

  • Por AM POST

  • 13/09/2024 às 21:07

  • Leitura em dois minutos

Foto: Divulgação

Renildo Lima, esposo da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), foi detido pela Polícia Federal (PF) na segunda-feira, 9 de setembro, em Roraima, sob a acusação de compra de votos. Lima, proprietário da empresa Voare Táxi Aéreo, está envolvido em uma controvérsia significativa devido a contratos milionários firmados com o Ministério dos Povos Indígenas.

Durante a detenção, Lima foi encontrado com R$ 500 mil escondidos na cueca. Na terça-feira, 10 de setembro, o Judiciário concedeu a sua liberdade. As alegações contra ele fazem parte de uma investigação mais ampla que envolve práticas corruptas e manipulação eleitoral.

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A empresa Voare Táxi Aéreo, de propriedade de Lima, recebeu R$ 24,8 milhões por meio de dois contratos estabelecidos com o Ministério dos Povos Indígenas em 2023. Esses contratos foram firmados sem um processo de licitação, o que levantou preocupações sobre a transparência e legalidade dos acordos. O contrato inicial, identificado como número 062/2023, garantiu R$ 17,7 milhões à Voare. Desde 2014, a empresa já arrecadou mais de R$ 510,8 milhões em fundos governamentais, de acordo com dados do portal da transparência.

A situação chamou a atenção do deputado Marcos Pollon (PL-MS), que questionou os altos valores desembolsados para a empresa de Lima. Em resposta às suas preocupações, a ministra do Ministério dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou que os contratos eram essenciais para garantir acesso às comunidades Yanomamis, que enfrentam desafios significativos, incluindo um aumento no número de óbitos. O número de mortes nas comunidades Yanomamis subiu de 343 em 2022 para 363 em 2023, apesar dos investimentos feitos.

A detenção de Lima e o contexto dos contratos têm gerado um intenso debate sobre a utilização de recursos públicos e a gestão de programas voltados para comunidades indígenas. A Polícia Federal continua a investigar o caso, e a relação entre os contratos da Voare e as práticas de compra de votos pode ter implicações significativas para a integridade das operações governamentais e eleitorais no Brasil.

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