- Foto: divulgação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta terça-feira (10), prefeitos que fazem propaganda positiva da educação e da saúde em seus municípios, mas não utilizam os serviços públicos oferecidos à população. A declaração foi feita durante uma cerimônia em Brasília, onde o presidente apontou a incoerência de gestores municipais que elogiam a qualidade da educação pública local, mas optam por matricular seus filhos em escolas particulares.
“Você chega em uma cidade e pergunta: ‘Prefeito, como está a educação?’ Ele responde: ‘Está maravilhosa, a educação aqui é fantástica’. Mas quando questionamos se o filho dele estuda na escola que ele tanto elogia, a resposta é negativa. O filho está em uma escola particular”, afirmou Lula.
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AGORA – Lula critica prefeitos que tem filhos em escolas particulares e não em escolas públicas
“Aí você pergunta: ‘seu filho estuda na escola fantástica?’ ‘Não’. O filho dele está em uma que não presta, a particular” pic.twitter.com/6RzMlqdpKz
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) February 11, 2025
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A crítica também se estendeu ao sistema de saúde. O presidente citou situações em que prefeitos enaltecem o atendimento hospitalar municipal, mas, quando necessitam de assistência médica, recorrem a serviços privados. “Você pergunta: ‘Prefeito, você se atende no pronto-socorro que você diz ser espetacular?’ E ele responde: ‘Não, meu filho, eu levo em outro lugar'”, acrescentou.
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Para Lula, essa postura reforça desigualdades e impede avanços efetivos nos serviços públicos. Ele enfatizou que a melhoria da educação e da saúde só será possível quando a classe média voltar a utilizar essas estruturas. “Esse país só vai dar certo no dia em que a classe média voltar para a escola pública. E isso só vai acontecer quando a qualidade dela melhorar”, concluiu.
A declaração do presidente reacende o debate sobre os investimentos na educação pública e o compromisso dos gestores com o aprimoramento dos serviços oferecidos à população. A crítica também levanta questionamentos sobre a confiança das próprias autoridades nos sistemas que administram e a necessidade de um comprometimento maior para garantir melhorias efetivas.