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Em uma recente entrevista à imprensa de Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma declaração que gerou polêmica: sugeriu que a população não comprasse alimentos se achassem que estava caros como forma de controle da inflação. A sugestão de que as pessoas devem evitar produtos com preços elevados, no entanto, contrastou diretamente com a escolha de um acessório luxuoso usado pelo presidente antes da entrevista — uma gravata da renomada grife francesa Louis Vuitton, avaliada em mais de R$ 1.600 mil.
“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra”, disse Lula durante uma entrevista às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNews FM BH, de Minas Gerais.
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Depois de prometer picanha, Lula recomenda que o povo deixe o produto na prateleira se estiver caro.
Esse vídeo é para ser viralizado. pic.twitter.com/kNjh4yuLYE— Ludmila Lins Grilo (@ludmilagrilo11) February 6, 2025
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Essa contradição gerou uma série de debates nas redes sociais e entre analistas políticos. Para muitos, a imagem de Lula, conhecido por seu discurso em favor das classes mais humildes, parece entrar em choque com seu estilo pessoal, que, em diversas ocasiões, inclui o uso de acessórios de luxo. A gravata usada é apenas um exemplo recente de uma série de peças caras que o presidente tem escolhido para seus aparições públicas.
Além da Louis Vuitton, Lula já foi visto com outros itens de grifes famosas, como a gravata da marca italiana Ermenegildo Zegna, comprada pela primeira-dama, Janja da Silva, durante uma viagem oficial a Portugal, em 2023. A peça, que custa mais de R$ 1.000, gerou discussão sobre os contrastes entre as ações de um líder que se posiciona como defensor dos pobres e sua ostentação nas escolhas de vestuário.
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A primeira-dama, por sua vez, compartilhou em suas redes sociais a alegria de ter adquirido a gravata durante a visita à loja da Zegna em Lisboa, o que reforçou a ideia de um luxo presente também nas vestimentas da família presidencial. A loja da Zegna, localizada na famosa Avenida da Liberdade, em Lisboa, é conhecida por atrair clientes de alto poder aquisitivo, com outras grifes de luxo, como Prada e Louis Vuitton, também estabelecidas na área.
Outro episódio que chamou a atenção foi a caneta de luxo utilizada por Lula na cerimônia de posse, que custa mais de R$ 6.000. Embora o presidente tenha afirmado que recebeu o objeto como presente de um militante petista do interior do Piauí, a peça, da marca Montblanc, foi lançada pela grife suíça apenas em 2002, o que gerou questionamentos sobre a veracidade da história contada pelo presidente.
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Esse uso de acessórios caros é apenas um dos pontos que geram tensão nas falas de Lula. Por um lado, ele defende políticas públicas que buscam melhorar a vida dos brasileiros, com ênfase no combate à pobreza e à desigualdade. Por outro, sua imagem pessoal é marcada por escolhas de vestuário que remetem ao luxo e ao status. A tensão entre essas duas facetas de sua figura pública tem sido constantemente observada por especialistas e adversários políticos.