Dez anos depois das chamadas Jornadas de Junho de 2013, o movimento que fez explodir manifestações em todo o país, retornou nesta quinta-feira (29/6) em protesto contra a tarifa dos transportes públicos em São Paulo.
Uma catraca pegou fogo no começo da noite em frente ao Theatro Municipal, no Centro de São Paulo. Uma referência ao dia 6 de junho de 2013, quando o Movimento Passe Livre iniciou as chamadas jornadas de junho.
PUBLICIDADE
Chamado de Ato Contra a Tarifa – 10 anos de junho de 2013, manifestantes defendiam que a única maneira de manter viva a memória de junho de 2013 é indo às ruas em busca de “uma vida sem catracas”.
Há dez anos, analistas e pesquisadores estudam os desdobramentos das chamadas “jornadas de junho” e usam expressões como “uma ruptura na história do Brasil”, “o despertar do gigante”, “um mês incompreendido”.
As jornadas foram uma série de protestos que chegaram ao auge no Brasil em junho de 2013. Começaram em São Paulo contra o reajuste da tarifa do ônibus, que à época, aumentaria 20 centavos. Rapidamente os protestos se espalharam por outras cidades do país, dando vazão a uma ampla insatisfação popular com outras demandas, como a revolta pela realização da Copa do Mundo em 2014, as denúncias de corrupção na política e o governo de Dilma Rousseff (PT).
PUBLICIDADE
Depois dos atos de junho de 2013, que expuseram um descontentamento generalizado com a classe política, vieram a Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma, a popularização de Bolsonaro e o fortalecimento da extrema-direita no país. É por isso que muitos pesquisadores defendem que junho é um “mês que não acabou”.
A força dos atos, que levavam multidões às ruas, fez com que a presidente Dilma chamasse quatro representantes do MPL para uma reunião.
PUBLICIDADE