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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu que a Polícia Civil reabra a investigação da suposta importunação sexual que o irmão da influenciadora Virgínia Fonseca, William Gusmão, teria praticado contra uma jovem. Lilly Martins, de 27 anos contou que, na época, estava em uma festa, pediu para tirar uma foto com o homem e ele teria enfiado a mão na calça dela, em Jussara, no noroeste de Goiás. Depois de denunciar o caso, ela foi indiciada pela polícia por falsa acusação.
“Ainda restam diligências imprescindíveis a serem realizadas para melhor esclarecimento dos fatos”, escreveu o promotor Edmilton Pereira dos Santos.
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O documento foi emitido pelo Ministério Público na última quarta-feira (31). O MP-GO pede que a investigação seja devolvida à delegacia quando não há clareza sobre o que aconteceu, como se deram os fatos ou quando ocorreram algumas contradições.
A Polícia Civil informou ao g1 que “a Delegacia de Jussara já deu cumprimento às requisições do MP e que a autora foi intimada a apresentar o vídeo, bem como as testemunhas para que sejam ouvidas”. No entanto, até às 13h30 desta segunda-feira, a defesa de Lilly, representada pelo advogado Iago Araújo, não havia sido notificada da intimação.
“Ela indicou testemunhas, não ouviram o lado dela de forma mais aprofundada, não ouviram as testemunhas que ela indicou e nem forneceram a ela e-mail ou WhatsApp para que ela encaminhasse essas provas. Ela buscou a Polícia Civil como vítima e saiu de lá indiciada”, comentou o advogado.
O g1 entrou em contato por mensagem com a defesa de William para um posicionamento sobre o caso e aguarda retorno. À reportagem, o Ministério Público considerou os requisitos a serem cumpridos pela polícia como essenciais para a “para formação da opinião do Ministério Público a respeito dos fatos”.
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No documento, o Ministério Público informou que “ainda restam diligências imprescindíveis a serem realizadas” pela Polícia Civil para melhor esclarecimento dos fatos. Para isso, foi delimitado um prazo de 20 dias.
Entre os requisitos a serem cumpridos, o órgão relembra que, em depoimento prestado às autoridades, Lilly mencionou a existência de duas testemunhas que teriam presenciado a importunação sexual e que não foram ouvidas pelos policiais.
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Além disso, afirmou que teria vídeos que comprovariam suas alegações. No entanto, o MPGO pontua que, ao analisar o processo, foi verificado que as testemunhas indicadas pela mulher não foram intimadas a prestar depoimento, bem como não há indicação de que foram feitas apurações para verificar a existência dos supostos vídeos citados pela comunicante.
Apesar de questionada pelo g1, a polícia não informou o motivo pelo qual as testemunhas não foram ouvidas durante a investigação inicial do processo.
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Indiciamento
No documento enviado à Justiça, o delegado Gilvan Borges descreveu que a investigação ouviu testemunhas que desmentiram a versão de Lilly. Em depoimento, William negou que tinha cometido o crime e alegou que por várias vezes a jovem tentou beijá-lo e abraçá-lo.
“Em razão das abordagens e filmagens, William chamou o amigo e saíram do local, tomando ciência dos fatos através da internet no dia posterior”, pontuou o delegado.
Segundo a polícia, William disse ainda que Lilly arquitetou todos os eventos para ter alguma vantagem. A testemunha confirmou a versão e completou que a jovem chegou a falar que ia agredir William. Outra pessoa que foi ouvida também disse que viu William tentando se desviar de Lilly.
“O declarante ressaltou que ouviu a suposta vítima dizer: ‘eu vou bater em você, pois você acha que pode tudo’”, diz o delegado.
A advogada de William mencionou que, à imprensa, Lilly disse que não houve beijo. No entanto, à polícia ela teria dito que houve. Além disso, a defensora pontuou que conseguiu, inclusive, provas com familiares que reforçaram a decisão do delegado.
“O delegado entendeu que, pela divergência de informações, se tratava de uma denunciação caluniosa, não teve crime em nenhuma situação. William estava com os braços abertos segurando uma cerveja”, disse.
Fonte: G1