O nível do Rio Negro alcançou a marca de 13,19 metros nesta segunda-feira (30), superando a seca registrada em 2010, quando o rio atingiu 13,63 metros. Este aumento nos níveis do rio é preocupante, especialmente quando comparado ao ano passado, quando a cota ficou em 12,70 metros. Com apenas 49 centímetros a menos para atingir o recorde de seca em 120 anos, a situação se torna crítica para a região.
De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, a previsão para 2024 indica que a seca do Rio Negro poderá superar a de 2023, o que levanta preocupações sobre os impactos sociais e ambientais da estiagem. Nos últimos dias, o rio tem registrado uma descida média de 19 centímetros por dia. Se essa tendência continuar, Manaus poderá enfrentar a pior seca da sua história em aproximadamente quatro dias.
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O Rio Negro é um dos principais rios da Bacia Amazônica e destaca-se como um dos maiores do mundo em volume de água. Sua importância para a região é inegável, não apenas como fonte de água, mas também como via de transporte, sustento de comunidades ribeirinhas e habitat de diversas espécies aquáticas. A estiagem, portanto, não afeta apenas a navegação, mas também a biodiversidade local e as atividades econômicas que dependem do rio.
A crise hídrica tem impacto direto na vida de mais de meio milhão de pessoas no Amazonas. Cerca de 140.300 famílias estão sofrendo de alguma forma devido à diminuição das águas do Rio Negro. Todos os municípios do estado estão em situação de emergência, o que evidencia a gravidade da situação. As comunidades ribeirinhas, que dependem do rio para pesca e transporte, enfrentam desafios crescentes, enquanto a agricultura e a pecuária também são severamente afetadas pela estiagem.
O governo estadual e as autoridades locais têm trabalhado para minimizar os impactos da seca, mas os recursos são limitados e a situação se agrava rapidamente. Programas de assistência e medidas de emergência estão sendo implementados, mas a necessidade de ações mais eficazes é cada vez mais evidente. As consequências da seca vão além da escassez de água, afetando a saúde, a segurança alimentar e o bem-estar das populações vulneráveis.
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*Com informações da Agência Brasil